O projeto de lei que restabelece o horário do Acre e parte dos municípios do Amazonas deve ir ao plenário do Senado Federal amanhã (8). O projeto tramitou primeiramente na Câmara dos Deputados, onde foi aprovado na Comissão de Ciência e Tecnologia e, depois, na Comissão de Constituição e Justiça. Em seguida foi enviado ao Senado Federal. Caso aprovado, o horário do Acre passa a ficar novamente com duas horas de diferença em relação a Brasília.
A expectativa é que até o final deste ano o antigo horário volte a vigorar, isso porque, existe uma emenda que serão observados separadamente as questões dos municípios amazonenses. Foi dado um passo para que a vontade popular seja cumprida”, declarou o ex-deputado deputado João Correia, alertando para o fato de algum senador pedir vistas, além de que, no plenário, a proposta possa ficar “refém” da vontade dos senadores Renan Calheiros (PMDB) e Jorge Viana (PT), presidente e vice- presidente, respectivamente.
O então senador Tião Viana alterou o fuso horário do Acre para uma hora a menos em relação a Brasília sem a realização de consulta às populações interessadas e diretamente atingidas pela mudança. Ele mudou o horário a pedido de empresários donos de emissoras de televisão, que não querem ter gastos com a gravação de programas, conforme exigência da classificação indicativa do Ministério da Justiça.
A lei eliminou o quarto fuso horário brasileiro, compreendido pela hora de Greenwich menos cinco horas (GMT -5), cuja área territorial no Brasil engloba o estado do Acre e seis municípios do extremo ocidental do Amazonas (Boca do Acre, Envira, Guajará, Ipixuna, Eirunepé, Benjamin Constant, Atalaia do Norte e Tabatinga), passando para hora de Greenwich menos quatro horas (GMT -4). Ela também modificou o horário do oeste do estado do Pará (18 municípios) da hora de Greenwich menos quatro horas (GMT -4) para hora de Greenwich menos três horas (GMT -3).
Tribuna do Juruá – Jorge Natal