Os professores da Universidade Federal do Acre aderiram ao manifesto das outras Instituições Federais de Ensino Superior e também deflagrarão greve por tempo indeterminado a partir desta segunda, 21.
No Acre, os servidores públicos até o último sábado, 19 realizam as atividade normais para o cumprimento dos prazos legais. Mas, a partir desta segunda-feira, 21, os estudantes da Ufac, tanto na capital quanto do Campus Floresta em Cruzeiro do Sul estarão, por tempo indeterminado, sem aulas.
Ainda não existe um balanço sobre quantas instituições aderiram ao movimento nacional, mas estados como Acre, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Mato Grosso a paralisação é tida como certa.
Os docentes reivindicam a reestruturação da carreira – prevista no Acordo firmado em 2011 e descumprido pelo governo federal, levando em consideração a pauta da Campanha 2012 dos professores federais, aprovada no 31º Congresso do Sindicato Nacional e já protocolada junto aos órgãos do governo desde fevereiro.
A categoria pleiteia carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.
Os professores também querem a valorização e melhoria das condições de trabalho dos docentes nas Universidades e Institutos Federais e atendimento das reivindicações específicas de cada instituição, a partir das pautas de elaboradas localmente.
Vale lembrar que estas são reivindicações históricas da categoria docente e que a reestruturação da carreira vem sendo discutida desde o segundo semestre de 2010, sem registrar avanços efetivos.
O acordo emergencial firmado entre o Sindicato Nacional e o governo no ano passado, estipulava o prazo de 31 de março para a conclusão dos trabalhos do grupo constituído entre as partes e demais entidades do setor da educação para a reestruturação da carreira.
Por diversas vezes, o ANDES-SN cobrou do governo uma mudança na postura e tratamento dado aos docentes, exigindo agilidade no calendário de negociação, o que não ocorreu. A precariedade nas Instituições Federais, em diversas partes do país, principalmente nos campi criados com a expansão via Reuni, também vem sendo há tempos denunciada pelo Sindicato Nacional.
Tribuna do Juruá – Dayana Maia