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Novos grupos de indios isolados são descobertos no Acre

Tribo índigena da região de fronteira encontrou rastros deixados pelos isolados em janeiro.

No início do mês uma equipe constituida pela Fundação Nacional do Índio, a Funai, a Comissão Pró-índio e a Fenamad do Peru encontraram vestigios de grupos indígenas isolados que vivem no Acre.

Até então acreditava-se na existência de apenas um grupo. Mas, de acordo com o  material encontrado, existe a possibilidade de serem mais  três novos grupos.

Os “parentes isolados”, como também são conhecidos, podem estar próximos a uma área recentemente habitada pela tribo Manchineri, na região da Terra Indígena Mamoadate.

O único contato que a comunidade Manchineri tentou com os índios isolados foi no início dos anos 80 e, mesmo assim, não obtiveram êxito, pois os dois povos não falam a mesma língua.

Em janeiro deste ano, os Manchineri encontraram as primeiras pistas, e ainda segundo eles, os rastros encontrados são muito diferentes daqueles ja vistos anteriormente.

Em 2009, o Governo do Estado divulgou fotos de uma tribo isolada que vive em uma reserva próxima a fronteira com o Peru. Esses íundios foram denominados Mashko Piro.

A política de proteção da Funai prevê que qualquer tipo de contato com os isolados exista somente no caso da própria comunidade procurar. Esse povo nunca teve contato com a civilização e, a qualquer tentativa, podem reagir de maneira agressiva como é de sua natureza.

No caso de mais grupos descobertos, a Frente de Proteção Etnoambiental do Índio vai desenvolver uma estratégia para acompanhar mais de perto a rota de tráfego desses indígenas, bem como tentar protegê-los.

O  coordenador da frente de proteção afirma que por deixarem apenas rastros, a dificuldade em identificá-los é grande.

“A gente não  consegue acompanhar a rota deles muito de perto. Eles estão sempre mudando de região e como os hábitos também são diferentes, dificulta nosso trabalho”, explica o coordenador.

Paula Amanda, da TV Gazeta

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