Cássio alega ter matado o padrasto em l’g;itima defesa após luta corporal.
Na versão apresentada pelo homicida, o crime teria sido cometido em legítima defesa. Ele contou que o padrasto vivia uma relação conturbada com sua mãe, ameaçando, já tendo inclusive tentado atear fogo na residência. Porém a mãe sempre negava as agressões. No entanto naquele dia teria acordado com hematomas pelo corpo e afirmado ter sido espancada durante a noite pelo companheiro. Depois saiu para trabalhar, ficando o agente em casa assistindo televisão, quando então chegou à vítima batendo na porta e perguntando pela esposa. Devido à insistência, o rapaz abriu a porta e neste momento a vítima sacou o revolver. Os dois teriam travado luta corporal e a arma caída no chão. Então o agente pegou a arma, efetuou um disparo e saiu correndo, indo até uma casa na várzea, jogado a arma dentro do rio Juruá e depois decidido se entregar a polícia.
O delegado Vinícius Almeida, não acredita nesta versão e descarta qualquer possibilidade de legítima defesa. Para ele o crime foi premeditado, pois segundo a perícia técnica, não há sinais de arrombamento na porta da casa, nem vestígio de que possa ter havido luta corporal no local do crime. Para ele a vítima foi pega de surpresa, quando estava deitada, dormindo no estofado.
Tribuna do Juruá – Adelcimar Carvalho