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Bancário procura polícia depois de se sentir humilhado por militar do Exército

Antônio Cleudo Lopes dos Santos, 30 anos, afirma que trafegava em seu veículo na via pública em frente ao 61° BIS com a família dentro do carro, quando foi abordado de forma truculenta por um sargento que falava em voz alta e ameaçava detê-lo.

O funcionário público seguia para o trabalho logo pela manhã e além dos pais e da esposa, levava o filho de sete anos para a escola. Ele relata que ao passar em frente ao quartel recebeu um sinal de um solado que usava um cinto luminoso de trânsito e parou o veículo.

“De repente saiu um sargento gritando perguntando se eu não estava vendo o soldado, falou muitas coisas aos gritos, grosserias e ainda disse que poderia me prender. Foi humilhante, meu pai e minha mãe já idosos começaram a passar mal e o meu filho começou a chorar. Foi uma situação constrangedora que eu jamais tinha passado na minha vida. Fiquei até com medo que ele pudesse sacar a arma que carregava na cintura. Foi terror psicológico”, avalia o rapaz.

Os militares se posicionam na frente do batalhão para parar o trânsito enquanto seus militares saem do quartel para entrar na preferencial. A via é pública e é uma das mais movimentadas da cidade. Muitos motoristas têm reclamado principalmente em horários de pico, da intervenção dos militares com relação ao trânsito.

O bancário ainda procurou um oficial do exército que pediu desculpas e disse que a reação do militar poderia ser pelo desaparecimento de um sargento em um rio de Marechal Thaumaturgo. Não convencido, Cleudo procurou a delegacia de polícia para registrar uma queixa contra o militar identificado por sargento Andreo Silva de Oliveira, pelos constrangimentos que passou e por abuso de autoridade. Ele pretende entrar com uma ação na justiça contra o militar e contra o Exército.

Um oficial representando o Batalhão, considerou normal a atitude de seu subordinado. Na avaliação dele, o sargento não teve intenção de intimidar o condutor do veículo nem sua família, apenas tentou proteger o soldado, já que o carro ficou em movimento leve e imaginou que o motorista não tinha obedecido ao sinal.

No entendimento do oficiall, o que aconteceu foi um equívoco do condutor, que não estar acostumado com a forma como os militares se expressam. O coronel Rommel Franco comandante do Batalhão garante que os militares vão continuar controlando o trânsito em frente ao quartel para evitar acidentes, já que muitos motoristas não respeitam a área militar e trafegam em alta velocidade.

www.tribunadojurua.com – Informações de Francisco Rocha

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