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Catraieiros de Cruzeiro do Sul enfrentam dificuldade para viver

Pais de famílias que ficaram desempregados com a construção da Ponte do Juruá estão em busca de novas oportunidades.

A renda de dezenas de famílias de bairros localizados nas margens do Rio Juruá, era tirada do transporte fluvial. Os catraieiros faziam o transporte de pessoas e veículos de uma margem para a outra do rio. Mas, com a liberação do tráfego pela ponte recém construída, eles ficaram sem renda e ainda estão em busca de se afirmar em outras atividades.

O barqueiro Luis Gonzaga, de 57 anos, (foto) atualmente não ganha nenhum tostão. Está morando a bordo do barco com 5 filhos e a esposa, sofre com problemas relacionados a saúde e assim como o barco, sua vida também está a deriva.

“Tinha uma casa, mas por conta da dificuldade hoje vivo com a minha família, sem luz, sem água e até sem cama. A renda da nossa família agora vem da minha mulher, que trabalha nas cozinhas do outros”, conta com expressão de tristeza.

A dona de casa Maria Conceição, de 48 anos, vive situação semelhante.  Os filhos dela que também eram catraieiros estão desempregados e com muitas dívidas. Ela chora ao relatar as dificuldades que estão enfrentando.

“Não sabemos mais o que fazer. A profissão dos meus filhos sempre foi essa. Agora estamos sem nada. Todos nós aqui temos a mesma história, sem trabalho e sem expectativa de uma vida melhor”, lamenta.

Representantes do Governo do Estado realizaram cadastros e levantaram a possibilidade de indenizar ou remanejar os catraieiros para outras atividades.

Segundo Valdemir Neto, gerente administrativo e financeiro do Deracre na Região do Juruá, como auxílio imediato, cestas básicas estão sendo distribuídas até que essas pessoas venham se reafirmar em outras atividades.

www.tribunadojurua.com – Informações de Dayana Maia

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