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Clubes de Cruzeiro do Sul podem fechar as portas por falta de profissionais habilitados em segurança

Uma das casas noturnas mais tradicionais de Cruzeiro do Sul, o Clube Magid, pode fechar as portas a partir deste final de semana por falta de seguranças devidamente habilitados nos dias de eventos. Na mesma situação estão todos os estabelecimentos que promovem festas na segunda maior cidade do Acre.

Os proprietários dos bares e clubes estão impedidos de promover suas atividades porque a única empresa que prestava serviços de segurança decidiu dispensar os colaboradores. Segundo o dono da empresa, Joaz Soares, se tornou inviável manter a equipe após uma fiscalização da Policial Federal que passou a exigir que todos os seguranças que estiverem atuando, devem ter Carteira Nacional de Vigilante – CNV.

“Vai ser suspenso porque, o delegado atual da Polícia Federal está pedindo um documento que só tem como tirar assinando carteira de trabalho, sendo que os serviços são eventuais. E, se assinar a carteira de trabalho, o valor para contratar o vigilante vai dobrar e as boates não tem como pagar. Já tive reunião com os donos e eles afirmaram que não tem como pagar e a lei é clara, tem que ter CNV”- justificou o empresário que fornecia os serviços de segurança para as casas noturnas.

O proprietário do Clube Magid demonstrou que está bastante preocupado com a situação, pois alega que trabalha no ramo há 45 anos e sempre procurou atender todas as exigências legais para manter seu estabelecimento funcionando. No entanto, com a falta de vigilantes, Magid Almeida não ver outra alternativa, além de deixar de promover os eventos nos finais de semana.

“Sempre vivi de fazer minhas festas em meu clube que é só o que eu tenho, meus filhos não tem nenhum empregado, todos trabalham aqui, além de outros funcionários. E agora eu me encontro nessa situação. Eu vou viver de que meu irmão?” – questiona o empresário de 80 anos de idade.

Tribuna do Juruá – Mazinho Rogério

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