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Dentro de um mês lutador de jiu jitsul que matou taxista será julgado

Julgamento de Cuca é aguardado com expectativa pela população de Cruzeiro do Sul. MPE acusa lutador de latrocínio.

Durante uma audiência realizada recentemente no Fórum Criminal de Cruzeiro do Sul, pela primeira vez Paulo Roberto Campelo Filho, o Cuca, decidiu falar. Na última audiência em maio, provavelmente orientado por seu advogado, ele permaneceu em silêncio diante dos questionamentos do promotor criminal, Iverson Bueno. “Pela primeira vez ele falou e confessou o crime”, disse o promotor.

Cuca que é faixa preta em Jiu jitsul está preso desde dezembro de 2009, sob acusação de ter matado com sete facadas, o taxista Abílio Simão Ferreira de 64 anos. Segundo consta nos autos do processo, Cuca contratou o taxista, o levou para uma comunidade rural e lá, cometeu o crime. O corpo de Abílio foi ocultado em um matagal e o lutador seguiu dirigindo o taxi para o município de Guajará (AM).

No dia seguinte, Cuca estava sendo linchado por um grupo de taxistas, mas foi salvo por policiais civis que chegaram ao local e realizaram a prisão. O corpo da vítima também foi encontrado pelos taxistas, cerca de 10 horas após o crime.

O lutador foi indiciado por homicídio, mas com novas provas colhidas durante a instrução do processo, o Ministério Público mudou a denúncia para latrocínio, roubo seguido de morte.

“Existe fortes indícios de que houve subtração de bens da vítima. Nessa fase e por conta da mudança, a defesa tem um prazo para arrolar testemunhas. Novas testemunhas foram ouvidas nessa audiência”, disse o promotor Iverson Bueno.

O advogado de defesa, Jairo Castro, pretende reverter o aditamento. Para ele, não houve latrocínio. “O Cuca assumiu ter tirado a vida do senhor Abílio, mas as causas segundo ele, foram outras e não houve subtração de bens. Vamos tentar reverter a denúncia do Ministério Público para que ele seja julgado pelo crime que cometeu, ou seja, a prática do homicídio”, defende o advogado.

A previsão é de que nos próximos 30 dias o julgamento possa ser realizado.

www.tribunadojurua.com – Informações Dayana Maia

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