A nova biblioteca estadual, localizada no coração da cidade, é, de longe e de perto, a estrutura predial mais imponente da cidade. Com fachada de vidro blindex fumê, quatro andares, elevador, rampa eletrônica para cadeirantes e um espaço elevado para exposição, a nova estrutura, que já deveria estar funcionando há quase um ano, é um elefante branco.
Dentro, lonas cobrem o chão e fitas isolam várias salas no saguão de entrada. Os elevadores estão desligados e, por enquanto, o acesso aos pisos superiores é feito pelas escadas. A obra foi concluída há quase um ano. “Só poderemos ocupar o espaço depois que a SEOP (Secretaria Estadual de Obras Públicas) passar o prédio para a Fundação Elias Mansur”, acrescentou Helena Carloni.
Enquanto o novo prédio não é entregue, a biblioteca pública em Cruzeiro do Sul continua funcionando no acanhado prédio da Avenida Rodrigues Alves, também no centro da cidade. Alunos, professores e ativistas culturais estão revoltados com o descaso do governo. “Já estou vendo o dia da inauguração, que vai ser cheio de pompas”, comentou um produtor cultural.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal