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Empresa causa transtorno, humilha e discrimina time do Náuas

As reclamações sobre os serviços prestados pelas empresas que fazem o transporte de passageiros entre Cruzeiro do Sul e Rio Branco são frequentes. Rotineiramente, os usuários reclamam de mau atendimento, superlotação e condições precárias dos veículos utilizados, que somados as péssimas condições de trafegabilidade da BR-364, propiciam constantes atrasos nas rotas.

Estas reclamações foram sentidas na pele pelo elenco do Náuas que disputou o torneio início do campeonato profissional 2012 no domingo em Rio Branco e retornou a Cruzeiro do Sul na segunda feira 04, com chegada prevista para as 19h00min horas.

A ACEA (Associação dos Cronistas Esportivos do Acre) comprou passagens para um grupo 25 pessoas que deveriam ser levados e trazidos de volta ao Juruá pela empresa Trans Acreana.

Na ida, a viagem transcorreu normal, sem constrangimentos. No entanto o retorno foi complicado. Já no embarque Rio Branco, foi observado que o ônibus estava sucateado, com quase vinte anos de uso e que dois passageiros viajavam em pé e seguiram até Feijó.

Percorridos cerca de 180 km, a aproximadamente 30 km após a cidade de Sena Madureira, o motorista observou que um pneu estava furado e aí começou o transtorno. Quando o motorista e cobrador ajudados por passageiros foram trocar o pneu, foi verificado que duas porcas estavam rotas e não puderam ser retiradas. O Motorista então disse que era necessário que alguém retornasse até Sena Madureira para informar a garagem da empresa sobre o ocorrido e pedir que outro veículo fosse deslocado para concluir a viagem. O Jornalista Adelcimar Carvalho, que é integrante da diretoria da ACEA, assumiu esta missão. Depois de cerca de cinco horas, por voltas das 15h30min o socorro chegou e a viagem prosseguiu até Feijó, onde alguns passageiros desembarcaram e os demais foram a um restaurante fazer refeições, sendo informados pela proprietária do estabelecimento de que a empresa arcaria com a despesa de alimentação.

Momento depois, o Gerente Trans Acreana em Feijó (Amaral), entrou no estabelecimento e disse que os passageiros é quem deveriam pagar as despesas. Este fato gerou insatisfação de todos. Após algumas discussões e ligações do gerente, este informou que um funcionário de Rio Branco teria autorizado o pagamento da despesa dos outros passageiros, ficando o Náuas responsável por sua despesa e que o ônibus estava retido, só saindo de Feijó após o elenco do Náuas, pagar sua alimentação. Mas uma vez ouve discussão, policiais militares estiveram no local e tentaram intermediar um entendimento. O Jornalista Adelcimar Carvalho interpelou o gerente sobre o porquê da discriminação com o Náuas, já que todos os passageiros deveriam ser tratados de maneira igual.

Depois de mais de uma hora e meia retido em Feijó, o veículo foi liberado, com o gerente da empresa informando que ele, o cobrador e o motorista do ônibus pagariam a despesa e anotariam um vale para ser descontado de seus salários.

Está na hora de as autoridades fazerem uma fiscalização rigorosa nas empresas que prestam este serviço a população do Juruá, antes que um acidente ou incidente possa causar danos mais graves aos usuários.

Tribuna do Juruá – Adelcimar Carvalho

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