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“Esse é caso de polícia” diz coordenador de educação sobre homem que causou pânico em escola

O coodenador da Secretaria de Estado de Educação, Charles André Cavalcante, disse nesta quinta-feira (03) que a Secretaria não foi informada, pela direção da Escola Maria Lima de Souza, sobre a invasão de um homem à unidade de ensino que provocou pânico aos alunos e servidores, na tarde da última terça-feira (01). Segundo André, com a falta de porteiros os servidores devem fazer o controle para evitar a entrada de pessoas estranhas nas escolas e o fato deve ser levado ao conhecimento da polícia.

Pela segunda vez a escola da rede estadual de ensino, Maria Lima de Souza, no Bairro da Cobal, foi invadida pela mesma pessoa.  O homem, conhecido por Bilu, entrou na escola durante o turno da tarde, na última terça-feira e, de acordo com o Boletim de Ocorrência da Polícia Militar, teria proferido ameaças aos alunos de uma sala de aula. Bilu foi preso e confessou na delegacia que é usuário de entorpecente.

O episódio deixou os servidores e alunos da unidade de ensino em pânico, principalmente, devido às ameaças publicadas em redes sociais por uma pessoa que ainda não foi identificada afirmando que tocaria terror algumas escolas de Cruzeiro do Sul.

A direção da escola Maria Lima de Souza prefere não conceder entrevista, com medo de represálias. Já o coordenador da SEE disse que não foi informado do caso, mas lamenta a situação.

“Lamentamos que esse fato tenha ocorrido, apesar do Núcleo de Educação não ter sido comuicado pela escola, mas acredito que os procedimentos adotados pela unidade escolar foram de levar esse problema aos órgãos de controle, no caso a delegacia, para fazer um boletim de ocorrência. Acredito que a escola deva ter feito isso” – disse Cavalcante.

Questionado sobre a falta de servidores para fazer o controle da entrada nas escolas, o coordenador afirmou que o objetivo da secretaria é instalar portões eletrônicos e câmeras em todas as unidades de ensino. Charles André afirmou ainda que a própria direção pode disponibilizar servidores para fazer esse controle.

“Quanto à questão do porteiro, realmente não temos essa figura em nossas escolas. Temos as orientações que nos são repassadas no sentido de garantir que as unidades criem seu fluxo de atendimento, definindo quem entra e quem não entra na unidade escolar. Não é a falta de um porteiro que vai definir isso. Nós temos uma equipe de servidores que pode contribuir garantindo esse controle. Manter o portão fechado e a cada pessoa que procurar a unidade escolar para um atendimento, que se comunique e qualquer um servidor nosso que estiver no corredor ou na própria gestão da escola pode ir de encontro a essa pessoa e perguntar qual o objetivo de sua ida a escola” – declarou Charles.

O coordenador informou que a Secretaria vai realizar, no início do próximo mês, um seminário para tratar da segurança nas unidades de ensino da rede estadual e orientou que, sempre que ocorrer situações como no caso da escola Maria Lima, a polícia deve ser acionada.

“Se um vândalo quiser pular um muro, tentar cometer um ato, o porteiro não pode atuar no sentido de evitar porque ele não é segurança da unidade escolar. Então, quando você tem figuras adentrando à sua unidade, esse é um caso de polícia e o caminho é levar ao conhecimento dos órgãos de controle da segurança pública” – finalizou.

Tribuna do Juruá

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