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“Exigência de experiência está prevista no PCCR”, diz secretário-geral do Sindicato da Saúde

O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac), Frank Lima, informou que a exigência de seis meses de experiência, contido no edital do concurso para os profissionais em saúde, não deverá ser retificado pelo governo estadual. “Está previsto no PCCR. Se mudar o edital vai ter que mudar o PCCR na Assembleia Legislativa”, declarou ele, dizendo que a medida “é boa pra quem já trabalha de forma provisória”.

A “barbeiragem” da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) causou indignação e manifestações dos profissionais de saúde (técnicos de enfermagem, enfermeiros, assistentes sociais e acadêmicos de enfermagem). “Exigir experiência mínima de seis meses para investidura no cargo, caso o candidato seja aprovado no concurso público, afronta a Constituição Federal e o bom senso”, declarou a enfermeira Angla Vasconcelos.

Ela considera que o edital prejudica os profissionais que saíram das universidades. “Dessa forma eles estão excluindo os recém-formados, que não tiveram ainda um emprego, tirando a liberdade de ampla concorrência”, protestou. Já o assistente social Adgílson Souza Ferreira expressa um questionamento que vem sendo debatido entre a categoria: “todas as áreas são prejudicadas com esse fato. Isso para mim é exclusão. Estão nos tirando a oportunidade. Como vamos ter seis meses de experiência se não tivemos a primeira chance?, questiona ele.

Durante a formação, os profissionais de assistência social passam por um estágio de 450 horas, enquanto os enfermeiros têm três anos de conhecimentos práticos em estágio. “Esse edital é excludente, discriminatório e faz reserva de mercado. Quando falamos em concurso público não se pode incluir apenas uma parcela da sociedade. As pessoas não nasceram com experiência, mesmo as que têm o período de experiência exigido, um dia também não a tinham e lhe foi dada a oportunidade” desabafou o acadêmico Erick Rogério.

Tribuna do Juruá – Jorge Natal

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