“Situação lamentável, pois sabemos que, com a proibição do desmatamento e queimadas, os pequenos produtores rurais vêm procurando alternativas, sendo que uma delas é a construção de tanques para a criação de alevinos. Lamento que alguns gestores distorçam o foco principal, prejudicando assim a vida das pessoas que vivem no campo”, declarou o sindicalista.
Ele se remeteu ao programa de certificação rural, que consistia num acordo feito entre os produtores rurais e o governo estadual para que, de forma sustentável, os agricultores trabalhassem com ênfase na recuperação de áreas degradadas e sem a utilização do fogo. Em contrapartida, a Secretaria de Produção Agroflorestal (Seaprof) ofereceria alternativas econômicas. “O peixe, além de garantir a segurança alimentar das famílias, ainda poderia gerar uma renda ao agricultor familiar”, lamentou ‘Todo Feio’.
O líder rural aproveitou para questionar a distribuição de calcário, produto que, segundo ele, apenas uma pequena percentagem chegou para os que mais precisavam. “Vi muito fazendeiro sendo beneficiado com o calcário”, criticou ele, pedindo a intervenção dos órgãos de controle e “mais respeito com os trabalhadores rurais”.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal