Cruzeiro do Sul chegou a passar uma semana sem consumir carne porque frigoríficos não aceitavam condições do acordo.
No acordo conduzido e assinado pelo procurador da república, Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, procurador do trabalho Tiago Ranieri de Oliveira, procuradora de justiça Patrícia de Amorim Rêgo e pela promotora de Justiça, Meri Cristina Amaral Gonçalves, a empresa se compromete a não comprar carne oriunda de áreas embargadas por órgãos de fiscalização ambiental ou proveniente de áreas de desmatamento ilegal que geraram ações penais ou civis pelo Ministério Público Federal ou Estadual.
O frigorífico Quinder também assumiu o compromisso de não comercializar carne oriunda de terra indígena já declarada oficialmente, ou proveniente de unidade de conservação, a menos que o plano de manejo da unidade autorize a criação de gado. Além disso, a empresa se compromete a não comercializar carne produzida em fazendas que já tenham sofrido condenação por prática de trabalho escravo ou que estejam relacionadas na lista do trabalho escravo do Ministério do Trabalho.
O acordo já foi encaminhado à Justiça Federal para que seja homologado e possa produzir os efeitos legais. Na petição que encaminhou o acordo à Justiça, o MPF também pede que seja julgada a liminar, tendo em vista que a fase de negociações com os frigoríficos está encerrada.
www.tribunadojurua.com – Daiana Maia