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Ibama apreende pescado em CZS e classe alega demora na expedição de portaria

65 quilos de peixe de espécies proibidas durante o período defeso foram apreendidas sendo comercializadas em Cruzeiro do Sul neste domingo. Três pescadores foram autuados por uma equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vinda de Rio Branco.

Entre as espécies proibidas foram apreendidos os tipos pacu, mamuri, jaraqui, sardinha, mapará, e tambaqui. Todo peixe foi doado para o Lar dos Vicentinos.Segundo o presidente da Colônia de Pescadores, Elenildo Souza, a classe não é contra o trablho realizado pelo Ibama, mas é desfavor com as formas utilizadas pelo órgão.

“ A portaria que deveria ter sido expedida dia 1º de novembro só foi entregue para colônia hoje. Os pescadores saíram a no mínimo 20 dias atrás, muitos passaram por aqui para saber quais os peixes proibidos, mas não tinha nenhum documento especificando”, falou o presidente.

Elenildo ainda explicou que a colônia recebeu informações do Ministério da Pesca que neste ano a portaria mudaria, apresentando outras espécies.“Nossa preocupação era saber quais seriam os peixes proibidos neste ano. Onde esses pescadores vão não existe telefone, radio, não tem nada. E fica difícil a comunicação”, relatou.

Além do peixe é também apreendido o material, estabelecida uma multa e o pescador perde o direito ao seguro defeso.

O fiscal do Ibama, Adalberto Dourado, considerou a justificativa da classe infundada, pois segundo ele a portaria é a mesma desde 2007, e desde então nunca passou por mudanças. A portaria nº48 proíbe a pesca de dez espécies diferentes de peixe entre 15 de novembro até 15 de março.

“Nós fizemos o nosso trabalho. Esses peixes não podem ser pescados, pois se não a espécie não se reproduz. É um trabalho ambiental, em prol da fauna. Estaremos durante todo esse período realizando fiscalizações. Essas pessoas que foram autuadas estavam comercializando no mercado, não sabemos nem mesmo se são pescadores ou apenas revendedores”, explicou o fiscal.

A multa estabelecida é de R$700,00 mais R$20,00 por quilo de peixe.

Tribuna do Juruá – Vanísia Nery

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