Uma manifestação realizada na manhã desta sexta-feira (01) reuniu mais de 200 pessoas na cidade de Cruzeiro do Sul. As entidades representativas dos trabalhadores aproveitaram o Dia do Trabalhador, 01 de maio, para se manifestar contra a proposta de terceirização do serviço público que tramita no Congresso Nacional e se uniram aos indígenas que criaram um ato de resistência à prospecção de petróleo na região do Juruá.
Os manifestantes se reuniram na Ponte da União, onde o tráfego de veículos foi interditado durante mais de meia hora, em seguida caminharam pelo centro da segunda maior cidade acreana. No encerramento houve uma concentração em frente ao escritório da Petrobrás. Com faixas e cartazes os participantes do movimento apresentaram as propostas defendidas pela classe trabalhadora.
O Bispo Dom Mosé Pontello participou da manifestação. Ele acompanhou toda caminhada e se posicionou contra a prospecção de petróleo da maneira com está sendo projetada pelo governo.
A manifestação também marcou o encerramento de um encontro de três dias promovido pelo Conselho Missionário Indigenista – CIMI – com representantes de todos os povos indígenas do alto Juruá. Durante o encontro foram aprofundados os debates sobre diversos temas, entre esses, a prospecção de petróleo.
O representante da Central Única dos Trabalhadores, João Sandim, também defendeu as ideias dos indígenas e afirmou que a CUT é contra o Projeto de Lei regulamenta a terceirização dos serviços públicos. “A terceirização da mão de obra nada mais é que o trabalho escravo e meia dúzia de pessoas enricando às custos do suor dos trabalhadores. É por isso que estamos aqui reunidos nesse dia de manifestação em todo o país, para dizermos que também somos contra a essa proposta” – destacou Sandim.