A decisão de reintegração de terras foi tomada na 1ª Vara cível do município
“ Eu morava de aluguel antes, fizemos nossa casa aqui, mas infelizmente foi tomada essa decisão e nós temos que cumprir, é muito triste, não sei nem para onde vou ainda” disse a ocupante da área Charlene Araújo.
A área de propriedade do empresário Manoel Soares de Souza mede 24.000 m², as invasões aconteceram nos quarteirões 305-H e 305-I no dia 24 de abril desse ano. No dia seguinte o proprietário do lugar pediu junto à justiça o interdito proibitório, no intuito de evitar o que ato de reintegração viesse a acontecer, mas com a demora da justiça o pedido inicial foi transformado em pedido de reintegração.
“ O proprietário tem o título de aforamento, mas a pose dele é consolidada a mais de trinta anos, ele fazia extração de barro aqui, essas estradas foram abertas por ele, e todas as medidas que podíamos utilizar com essas pessoas antes deles começarem a construir nós usamos, mas eles insistiram nisso”, explicou o advogado do proprietário Frederico Felipe.
Durante a desocupação das terras a Policia Militar esteve no local em busca de manter a ordem. Depois que os ocupantes recebem o mandado judicial deve-se iniciar imediatamente a retirada de seus bens e desmanche das casas do local.
“ A policia militar esta tomando a medida em ordem tranqüila, junto com as pessoas que entenderam a determinação judicial e estão desmontando suas casas, inclusive para aproveitar da melhor forma possível os materiais” relatou o comandante da policia militar Coronel Aires.
O proprietário das terras disponibilizou um caminhão para mudança e mão de obra para ajudar os ocupantes a desmanchar suas casas. Um assistente Social já esteve no local para realizar o cadastramento das famílias que residiam na área para receberem um aluguel social do governo do estado.
Tribuna do Juruá – Vanisia Nery