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Mãe reclama da demora do TFD para sua filha vítima de acidente de trânsito

“Nunca passei tanta necessidade na minha vida” – diz mãe que peleja para transferir filha vítima de acidente para Rio Branco

O desabafo é da artesã Maria Juliana Gomes da Cruz que mora em Rio Branco e está há uma semana acompanhando a filha que sofreu um acidente em Cruzeiro do Sul. A garota Raquel Cruz Lopes, 16, rompeu os ligamentos dos dois joelhos e precisa passar por cirurgias que, de acordo com os médicos, não existem condições para serem procedidas no Hospital do Juruá. Enquanto o encaminhamento não chega, a mãe e uma amiga da família, que vieram acompanhar a paciente, enfrentam necessidades.

A jovem estava a passeio com duas amigas e na noite de quinta-feira (22), dia após a sua chegada, foi vítima de atropelamento na Avenida Coronel Mâncio Lima. Ao atravessar a rua ela se chocou contra um carro e foi levada ao Hospital Regional do Juruá.

Assim que soube do acidente com a filha, a artesã veio acreditando que a garota tinha sofrido apenas lesões leves e que poderia levá-la para casa de ônibus. No entanto, se deparou com uma situação bastante delicada. Raquel só pode ser transferida em avião e já teve o processo de encaminhamento providenciado pelos médicos.

De acordo com Juliana, sua filha até já foi ao aeroporto para viajar, mas não embarcou no vôo doméstico porque a empresa Gol não permitiu que a paciente viajasse naquele estado.

Ela agora aguarda uma decisão por parte do setor de tratamento fora de domicilio para ser transferida. Segundo a mãe, todos os dias os servidores que representam o TFD dão esperanças para a família que a garota será encaminhada, mas até agora continua a espera.

Enquanto isso, as duas acompanhantes de Raquel sofrem com a falta de recursos para se manter em Cruzeiro do Sul. “Nos primeiros dias tivemos que passar a noite na rua, pois não tínhamos onde ficar. Para comer já precisamos pedir ajuda às pessoas, pois faltou dinheiro.  E hoje estamos dormindo no chão do hospital”- desabafou a mãe que clama para que o governo encontre uma alternativa para transferir a filha.

Tribuna do Juruá – Da redação

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