Menino de 7 anos morre afogado no Rio Môa

No local acontecia o festival de praia

O pequeno Ricardo Dias de Souza, 07, morreu afogado na tarde deste domingo (08) no Rio Môa. Por volta das 11h30 da manhã os responsáveis pela criança notaram o desaparecimento dela. O Corpo de Bombeiros foi acionado via Ciosp, e iniciaram as buscas no local. O corpo do menino foi encontrado por volta das 15h.

Segundo o pai de Ricardo, Adonias Nunes de Souza, a criança teria ido para o Rio na companhia de vizinhos.

“Ele era meu único filho, ficava sozinho em casa, eu deixei ele ir com o vizinho, ele era acostumado a sair com ele”, falou o pai emocionado, mencionando ainda que o filho sempre se destacou na escola, mostrando bom desempenho: “Ele era um ótimo filho, sempre tirou boas notas e nunca nos deu trabalho”, lamentou o pai.

Atualmente o Rio Môa está seco, oferecendo a sensação de segurança à algumas pessoas, motivo que fez Ricardo adentrar mais nas águas e ser arrastado pela correnteza. Ele foi encontrado em uma parte do rio que media aproximadamente 4 metros de profundidade.

“ Nos deslocamos imediatamente, no local já fizemos dois tipos de buscas, uma com um equipamento autônomo e outra com equipamento independente, que chamamos de narguilê, sendo possível passar mais tempo em profundidade. Fizemos um revezamento entre os mergulhadores, e na minha vez acabei encontrando o corpo do menor”, destacou o comandante Marcelo Araújo ao explicar o trabalho realizado pelo Corpo de Bombeiros.

Aproximadamente 2 mil pessoas frequentavam o local, onde acontecia o Festival de Praia. Segundo o comandante dos bombeiros a empresa que utilizava a área para revenda de bebidas contratou apenas 2 salva vidas, sendo necessária uma quantidade maior devido  ao número de frequentadores.

“ Deveria ter pelo menos 6 à 10 salva vidas, estando muito abaixo do necessário para manter a segurança ”, disse.

O comandante dos Bombeiros alertou ainda a necessidade das famílias manterem a atenção e o cuidado redobrado, principalmente com crianças, em rios e balneários.

Tribuna do Juruá – Vanísia Nery