Mulher de 28 anos queria resolver um problema envolvendo a propriedade dela e da vizinha e não gostou do atendimento.
Sueli entende que foi mal atendida pelo defensor público, Alberto Augusto, que teria lhe dito que esse tipo de queixa não se resolve naquele local, e que ela procurasse o Juizado Especial. “Ele disse que só podia resolver se eu comprasse uma casa e doasse para a minha vizinha. Depois saiu da sala onde fazia o atendimento e me deixou falando sozinha”, comentou.
Completamente insatisfeita com o que teria ouvido, a dona de casa diz que se pudesse comprar uma casa, não teria procurado ajuda na Defensoria Pública. “Eu imaginei que um defensor existisse para ajudar pessoas humildes, sem recursos para pagar um advogado, mas me senti desrespeitada por alguém que é pago com o dinheiro público para defender a população com suas dificuldades”, disse.
O defensor público, Alberto Augusto, disse que o caso se trata de ação possessória inferior a 40 salários mínimos, devendo ser tratada no âmbito do Juizado Especial Civil.
O defensor nega que tenha sugerido que a mulher comprasse uma casa para a vizinha. Segundo ele, a outra parte é que disse não ter para onde ir, e que só sairia do local, caso Sueli, lhe doasse uma residência para morar.
Doutor Alberto explicou que devido ao reduzido número de defensores na cidade, não pode ficar o dia todo atendendo uma única pessoa, quando outras dezenas estão à espera de atendimento. Ele também denunciou as péssimas condições de atendimento da Defensoria na cidade e o reduzido número de defensores, ao citar o exemplo de que atuam na região, 6 juízes e 6 promotores e apenas 2 defensores.
Escrito por Adelcimar Carvalho