“A minha mulher já tem três filhos e está desempregada. Esses médicos são uns irresponsáveis. Nós vamos até as últimas conseqüências para evitar que esse erro grosseiro se repita com outra mulher”, disse, em revoltado, o esposo de Maria Artemisa, José Nascimento da Silva. Ele é borracheiro e está cuidando dos filhos.
De acordo com um boletim médico, o feto estava alojado nas tropas e causou bastantes complicações a mulher. Na cirurgia ela teve, ainda, que retirar o útero e os ovários. Segundo familiares, a primeira cirurgia de Artemísia foi realizada no ano de 2010, após o nascimento do seu terceiro filho. Durante esses três anos, a dona de casa não usava outro método contraceptivo acreditando não existir mais a possibilidade de engravidar.
No mês de maio, a dona de casa começou a desconfiar da gravidez, devido o atraso da menstruação, mas somente neste mês teve possibilidade de realizar o exame que comprovou a suspeita. A preocupação iniciou no momento que a dona de casa descobriu o surgimento da nova vida, pois sua gravidez seria de risco, o que a constantes hemorragias.“ Eu não sei o que fazer, não consigo nem dormir direito” desabafou a dona de casa.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal