Mulheres carentes aprendem a transformar ervas em produtos medicinais
cleonnildo
Mais de 20 donas de casa que são assistidas pelo Centro de Referência em Assistencia Social, em Cruzeiro do Sul, concluíram a oficina de Fitoterapia que durou quase um mês. No encerramento nesta quinta-feira (14) as participantes da oficina receberam os certificados e apresentaram os produtos, feitos de plantas, que produziram durante os ensinamentos que foram oferecidos pelo Ponto de Cultura da Articulação Juruaense de Mulheres com o apoio da Fundação Elias Mansour, do Ministério da Cultura e a parceira da Prefeitura.
Esta não foi a primeira turma capacitada em fitoterapia pelo Ponto de Cultura “Resgate da sabedoria popular e cultural dos nossos antepassados através das ervas” que é coordenado pela Articulação Juruanse de Mulheres. Outras oficinas já foram realizadas em diversos bairros mais carentes de Cruzeiro do Sul e uma grande quantidade de participantes, principalmente donas de casa, recebeu o certificado.
Desta vez, para a realização da atividade, a organização não governamental que defende os interesses das mulheres, além de contar com o apoio do Governo do Estado, através da Fundação Elias Mansour, e do Ministério da Cultura, que financiam as ações do Ponto de Cultura, teve a parceria da Prefeitura que cedeu o local para a realização e contribuiu com a organização da oficina.
Durante a formatura, as mulheres que concluíram a capacitação assistiram a uma palestra sobre violência doméstica ministrada pela coordenadora da entidade, Rosalina Souza. Após a palestra foram apresentados os produtos fabricados pelas próprias participantes da oficina. Medicamentos para combater anemia, verme, coceiras, manchas no corpo, xaropes contra a gripe e outros a base de ervas foram produzidos.
“Estamos resgatando uma tradição secular de nossos antepassados que com certeza é a forma mais saudável para a cura de muitas doenças que afetam, principalmente, as famílias mais necessitadas. Esses produtos já ajudaram a salvar muitas vidas e não podemos deixar que esse conhecimento deixe de existir no meio da sociedade que cada vez mais vem sendo acometida de diversos tipos de doença” disse Rosalina.