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Número alarmante de casos de malária faz comunidade clamar por ajuda

Uma moradora do bairro foi vítima de malária cerebral

O número alarmante de casos de malária na Comunidade Centrinho, localizada no bairro São José, tem preocupado os moradores. Mais de 20 casos já foram diagnosticados apenas nas duas últimas semanas. Uma moradora da localidade chegou a ser internada, em coma, na UTI do Hospital do Juruá com malária cerebral na semana passada, fato que deixou a população  ainda mais desassossegada com a doença.

Entre as pessoas acometidas com a malária no Centrinho, Pâmela da Silva pede que os serviços de prevenção como borrifação sejam feitos com urgência na localidade.

“Faz muito tempo que eles não fazem a borrifação aqui. Nós queremos que eles possam fazer esse trabalho, pois pode prevenir mais casos”, falou a moradora, lembrando que existem relatos de moradores que já contraíram a doença mais de 40 vezes no lugar.

Segundo a gerente do Combate à Endemias no Juruá, Simone Daniel,a partir de segunda-feira (04) o setor inicia na localidade as ações de controle vetorial através da borrifação intradomiciliar,  sendo esse o método usado atualmente.  Ela explicou que em muitas localidades existe a resistência das famílias em aceitarem o trabalho dos agentes.

“É importante que os moradores aceitem esse trabalho, pois é a forma deles ficarem protegidas por noventa dias, sendo essa a forma de controle vetorial”, ressaltou a gerente.

Simone abordou ainda que nesta época do ano existe uma tendência a aumentar o número de casos devido o início do período de chuvas.

“Nós temos alguns fatores que são considerados de risco, e um dos fundamentais é o acréscimo das chuvas, tendo assim um número maior de criadouros. É importante que as pessoas possam estar cada vez mais buscando uma prevenção, fechando as residências cedo, usar o mosquiteiro impregnado, se tiverem que se deslocar de suas residências que usem repelentes, mangas compridas, com essas atitudes diferenças serão feitas para o coletivo”, destacou Simone Daniel ao falar sobre as formas de prevenção à doença.

Na região existem três tipos de malária: a vivax, a falciparum e a mista. Mesmo com o número alarmante da doença apresentado na comunidade, Simone relatou que em 2013 aconteceu um decréscimo  em relação ao ano passado.

Tribuna do Juruá – Vanísia Nery

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