Para entendê-las melhor é preciso conhecer as suas origens. Comecemos analisando a primeira corrente, a DR. Nasceu nos anos 80 sob o nome de Partido Revolucionário Comunista (PRC), cujos principais expoentes eram o hoje governador do Rio Grande do Sul, Tasso Genro, e o ex-presidente da sigla, José Genoíno. Como o fim do Socialismo Real, houve uma cisão. De lado e agora denominada Nova Esquerda, ficaram os moderados e, mantendo a tradição, formou-se o Movimento por uma Tendência Marxista (MTM).
Os membros da Nova Esquerda reformularam o programa partidário, principalmente durante o congresso de 1991. Genro e Genoíno foram os artífices e, aliados a membros da principal tendência, a Articulação, fizeram passar todas as suas teses. A partir daquele encontro o heterônimo de PPB (Projeto Para o Brasil) praticamente se fundiu à tendência de Lula e José Dirceu.
A DS sempre foi inexpressiva tanto no plano nacional como local. A sua inserção como tendência no Acre aconteceu por uma óbvia razão: ela está aglutinando todos os descontentes da fusão DR/Articulação. O candidato Sibá Machado era o principal líder da então maior força política do PT no Acre.
O Processo de Eleição Direta (PED) acirrou os ânimos entre os militantes. Xingamentos, agressões físicas e suspeita de fraude dão a tônica do pleito. Desde publicações no Facebook denunciando depredação de carro até a suspeita de alteração de dados, passando pela possibilidade de intervenção nacional, essa eleição do PT ficará na história.
Caso a DS perda as eleições, os deputados Sibá Machado, Thaumaturgo Lima e Jonas Lima cairão em desgraça. Como detêm mandatos, gradativamente serão aniquilados pelo representante-mor da DR, Francisco Nepomuceno, o Carioca. A título de exemplos: recordem o que aconteceu com os ex-deputados Mazinho Serafim e Fernando Melo.
Ermício Sena é o candidato do núcleo do poder, capitaneado pelos irmãos Viana. É o favorito e, apesar da boa formação acadêmica, não tem autonomia para tirar o partido do buraco que se encontra. Aliás, o PT é um mero partido da ordem, igualando-se às demais legendas na famigerada disputa do poder pelo poder. Perdão leitor, o PT não é igual, é pior, porque tem uma vertente fascista e observação por dinheiro público.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal