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Pescadores garantem peixe com fatura e mais barato para a Semana Santa

Para os cristãos que mantém a tradição de não comer carne vermelha durante o período da Semana Santa, não vai faltar peixe no mercado de Cruzeiro do Sul. Os barcos pesqueiros que abastecem a cidade já começaram a chegar e provocaram uma redução do preço do alimento. A previsão é que mais de 40 toneladas de pescado sejam colocadas à disposição dos consumidores até o final da próxima semana.

O Jejum é recomendado pela Igreja Católica para os fiéis que, de acordo com a tradição milenar, devem se abster de carne na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa. Em Cruzeiro do Sul, muitos católicos seguem a recomendação da igreja e preferem se alimentar basicamente de peixe nesse período.

Esse é o caso do aposentado Francisco Antero que já não gosta de carne e durante a Semana Santa aumenta a quantidade de peixe que leva para casa. “O peixe é mais saudável, por isso prefiro ao invés de carne. Além disso, aprendi com os meus pais que temos que respeitar os dias grandes” – acredita o fiel católico.

Para atender as necessidades desses consumidores, os pescadores de Cruzeiro do Sul viajam vários dias em busca do pescado. Os municípios do Amazonas são os mais visitados. Durante esta semana, alguns barcos pesqueiros já chegaram das regiões de Eirunepé e Ipixuna com mais de 10 toneladas de peixe. Nos próximos dias mais 8 embarcações  devem chegar com mais de 30 toneladas de pescado.

A grande oferta fez cair o preço e os consumidores afirmam que estão comprando o produto de melhor qualidade. Peixes nobres como o surubim, por exemplo, que chegou a R$ 18,00 o quilo, na época de escassez, foi comercializado nesta quarta-feira (25) até por R$ 10,00.

“Não precisa a população se preocupar que vai ter peixe suficiente para atender a demanda porque, daqui para a próxima terça-feira esses barcos estarão chegando com muito pescado” – disse o pescador Francisco Ailton da Silva, que coordena o Mercado Municipal do Pescador.

 Além do pescado dos rios, trazido dos municípios amazonenses, o mercado local também recebe grande quantidade de peixe produzido em açudes. Muitos piscicultores aproveitam para fazer a despesca durante esse período.

Tribuna do Juruá

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