As metas são exigidas para o pagamento do Prêmio Anual de Valorização
Entre as exigências estão: a redução na taxa de homicídio, a elucidação de crime contra a vida e a redução de crime de roubo. Segundo os policiais militares a redução da taxa de homicídios não é fácil de atingir por fugir ao controle dos órgãos de segurança, sendo impossível prever e combater os crimes passionais a partir de iniciativas coercitivas.
Os policiais militares exigem as mudanças das metas e defendem que elas deveriam ser estabelecidas em cima de outras exigências. Segundo o representante da Associação de Militares do Estado do Acre( AME/AC), em Cruzeiro do Sul, Jairo Lopes, as metas cobradas pelo governo se tornam ainda mais difíceis de serem atingidas com a falta de estrutura disponibilizada para a realização do trabalho.
Além do efetivo reduzido, os militares enfrentam uma série de outros problemas, como condições salariais, carga horária e risco de vida pago de forma desigual.Mesmo com o concurso público realizado no fim de 2012, o número de vagas só é capaz de suprir o quadro de policiais que se aposentaram. O efetivo reduzido de militares é um dos fatores principais que impossibilita o alcance das metas.
“ Geralmente as novas contratações feitas através de concursos findam apenas repondo as perdas que nós temos, como os que vão para reserva, que deixam a ativa.” relatou o representante.
Além da jornada exorbitante de trabalho, os militares ainda devem participar das atividades de educação física e comparecer nas sessões de judiciárias para prestar esclarecimentos das prisões e apreensões que realizam.
Outro ponto abordado pela classe é o risco de vida. Enquanto um coronel recebe R$900,00, trabalhando apenas em funções administrativas, o soldado ganha apenas R$200,00, trabalhando no combate direto ao crime. Uma das lutas da classe é a equiparação desse valor, prometida pelo governo do estado para maio deste ano. Sem cumprir o acordo, a promessa foi refeita para o mês de agosto.
“ Essa é uma questão que nós já buscamos a anos solucionar, quando a lei foi feita, foi com base no soldo, e como o coronel recebe mais que o soldado o risco de vida dele ficou mais elevado. Nós buscamos uma equiparação”, finalizou.
A classe ainda luta pelo pagamento integral da VAN, que o governo reduziu 40% do valor, alegando redução das metas. A promessa do gestor é pagar o valor de 60% em 5 vezes, iniciando no mês de agosto.
Tribuna do Juruá – Vanísia Nery