Apesar de fazer o monitoramento da doençadesde 2009 somente a partir de primeiro de fevereiro é que essa responsabilidade passou para o município que já está trabalhando no sentido de ampliar o raio de ação para evitar que os vários focos de infestação do mosquito transmissor da doença, que já foram, inclusive, encontrados em Cruzeiro do Sul, possam ser combatidos de forma eficaz.
Segundo a Coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Milena Lopes esse é mais um desafio que a Secretaria de Saúde assume. Ela explica que até agora os casos de dengue, confirmados em Cruzeiro do Sul foram todos importados. “Nós fazemos um trabalho minucioso quando o assunto é dengue. Através de uma busca ativa realizada pela Coordenação todos os registros que são feitos pelos laboratórios públicos e particulares e até mesmo nos hospitais e postos de saúde, todas as suspeitas são informadas e isso gera um processo de investigação. A gente mantem contato com as pessoas e através do histórico de vida dos dias ou semanas anteriores a gente chega a um diagnóstico que os casos de dengue já confirmados em Cruzeiro do Sul, são basicamente todos de fora. São importados”.
A ação municipal passou de vigilância epidemiológica da doença para vigilância entomológica, ou seja, prevenção e combate a dengue. Além de quatro técnicos da Funasa o município concluiu a capacitação e conta com o apoio de 25 agentes que a partir de agora terão a tarefa de realizar visitas domiciliares cumprindo a função preventiva com orientações de casa em casa sobre os cuidados que devem ser observados pela população no sentido de evitar de ter um foco de mosquitos transmissores da doença proliferando no quintal de casa.
Segundo ela a partir de segunda-feira,24, a equipe já estará em campo realizando o trabalho de prevenção. “Uma vez formada a equipe ela deverá fazer seis ciclos anuais. Quer dizer seis visitas anuais em cada domicilio de Cruzeiro do Sul. Como nós ainda não temos um quadro geral sobre possíveis focos de mosquitos, nesse primeiro momento as informações trazidas pelos agentes é que darão uma panorâmica da nossa realidade. Vamos saber se o maior problemas são caixas d’aguas destampadas, se o lixo jogado na rua, ou outra situação propícia para proliferação do mosquito. Será com base nessas visitas preliminares que a gente irá tomar as medidas mais urgentes e traçar a metodologia de trabalho para a gente continuar prevenindo e se preciso combater o Aedes aegypti.Um aspecto a ser destacado segundo Milena é que desde 2010 o munícipio já poderia ter sido acometido da doença já que daquela data pra frente foram detectados os primeiros focos do mosquito transmissor da doença.
Sintomas da Dengue:
Febre intensa, dor de cabeça, dores fortes nos olhos, na musculatura e nas juntas, podendo surgir erupções na pele. As formas mais graves da doença são as formas hemorrágicas que acometem pele, tecidos subcutâneos e trato intestinal podendo levar ao choque e ao óbito.
Prevenção:
A ação mais simples paraprevenção da dengue é evitar o nascimento do mosquito, já que não existem vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação. Para isso, é preciso eliminar os lugares que eles escolhem para a reprodução. A regra básica é não deixar a água, principalmente limpa, parada em qualquer tipo de recipiente. Como a proliferação do mosquito da dengue é rápida, além das iniciativas governamentais, é importantíssimo que a população também colabore para interromper o ciclo de transmissão e contaminação. Para se ter uma ideia, em 45 dias de vida, um único mosquito pode contaminar até 300 pessoas. Então, a dica é manter recipientes, como caixas d’água, barris, tambores tanques e cisternas, devidamente fechados. E não deixar água parada em locais como: vidros, potes, pratos e vasos de plantas ou flores, garrafas, latas, pneus, panelas, calhas de telhados, bandejas, bacias, drenos de escoamento, canaletas, blocos de cimento, urnas de cemitério, folhas de plantas, tocos e bambus, buracos de árvores, além de outros locais em que a água da chuva é coletada ou armazenada.
Assessoria de Comunicação