Entre outras iniciativas foi debatida a participação mais incisiva das secretarias estadual e municipal de educação que deverão criar projetos a serem desenvolvidas dentro e fora da sala de aula, com vistas a conscientização da população e sua participação no combate aos verdadeiros criadouros do mosquito dentro e fora das residências.
De acordo com a Secretária Municipal de Saúde, Lucila Brunetta, os resultados obtidos no combate a dengue em Cruzeiro do Sul, são animadores, mas os cuidados devem ser mantidos e ampliados com vistas as novas doenças causadas pelo mesmo mosquito: febre chikungunya e zika vírus, que tem uma relação direta com os casos de microcefalia já comprovados em vários estados do pais, inclusive no Acre. Diante das últimas notícias a Secretária explica que o foco agora é o combate ao mosquito.
“Em 2014 notificamos 30.423 casos de dengue, com 26.534 confirmados. No primeiro mês de 2016, temos 165 casos notificados e desses, apenas 1 caso foi confirmado. Sem dúvida, os números mostram uma grande vitória. Mas, não podemos relaxar porque agora nós não falamos só em combate à dengue, mas sim a três doenças sérias que fez o Brasil inteiro ficar em alerta”, destacou Brunetta ao informar ainda o Exercito Brasileiro e o Corpo de Bombeiros são novos aliados da prefeitura no combate ao mosquito transmissor. Os órgãos desempenharão ações táticas, incluindo o acompanhamento junto aos agentes nas visitas domiciliares, que agora por determinação do Ministério da Saúde será mensal.
A Secretária explicou ainda a criação da sala municipal de situação e controle, que será uma espécie de QG composta de membros de várias instituições, com informações diárias em tempo real das ações e eventuais correções do trabalho realizado, interligada a Sala de Situação Estadual e Nacional.
O promotor de Justiça Wendy Takao, membro do comitê de combate a Dengue, durante a reunião ressaltou os esforços realizados em âmbito municipal para o combate ao mosquito e destacou a medida provisória baixada pelo prefeito Vagner Sales, aprovada no final do ano passado, que permite o ingresso dos profissionais em imóveis públicos e privados, considerados abandonados ou em situação de ausência do responsável. A medida apesar de estabelecer multas até agora não foi utilizada em caráter punitiva devido a mobilização da sociedade. “Para nossa grata satisfação, de acordo com os dados da Secretaria de Saúde, ainda não foi preciso utilizarmos o recurso punitivo ou sancionatório, o que mostra que a população tem buscado ter essa consciência de fazer a sua parte”, afirmou o promotor.