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Prefeitura de Cruzeiro do Sul amplia número de séries em escolas da zona rural

Estudantes de comunidades isoladas agora estão tendo a oportunidade de concluir o ensino fundamental sem ter que morar na cidade.

No início do mês de outubro, o secretário municipal de educação de Cruzeiro do Sul, Ivo Galvão, participou de uma solenidade de formatura de dez estudantes da Escola Pantaleão Bussons, localizada em uma comunidade do Rio Valparaíso, afluente do Rio Juruá. O grupo de adolescentes concluiu o ensino fundamental.

Durante a solenidade era visível a alegria dos pais que pela primeira vez estavam tendo a oportunidade de ver os filhos concluindo o ensino fundamental na própria comunidade.

“Quando iniciamos o trabalho na gestão do prefeito, Vagner Sales, o ensino nesses locais só era oferecido até a quarta série. Para continuar estudando, as crianças tinham que sair das casas de seus pais para morar com parentes na cidade. Muitos se dirigiam para Porto Walter, Mâncio Lima ou Cruzeiro do Sul, onde passavam a morar com parentes ou conhecidos. Isso gerava transtornos tanto para as crianças, como para os pais, sem contar que muitos paravam de estudar. Na formatura desses dez estudantes no Rio Valparaíso, a gente pôde perceber a felicidade dos pais que puderam acompanhar e participar da vida dos filhos nesse período tão importante da vida escolar”, comenta o secretário, Ivo Galvão.

Por conhecer a fundo os problemas enfrentados pelos ribeirinhos de Cruzeiro do Sul, o prefeito Vagner Sales que deixou o seringal com 14 anos e analfabeto, pediu a equipe da Secretaria Municipal de Educação, que fossem criadas as condições necessárias para que as crianças das comunidades rurais pudessem completar o ensino fundamental. Até agora, 20 escolas de comunidades rurais que só atendiam até a quarta série, já estão oferecendo vagas do sexto ao nono ano. “Onde encontramos dez alunos ou mais que pararam de estudar após a quarta série criamos uma nova turma. Não podemos permitir que nossas crianças possam crescer sem perspectiva de futuro”, diz o prefeito.

Em algumas dessas escolas o trabalho é realizado em parceria com a Secretaria de Estado de Educação, por meio do Programa Asas da Florestania que trabalha do sexto ano nono ano. Segundo o secretário Ivo Galvão, nessa metodologia, apenas um professor trabalha todas as disciplinas, uma de cada vez e em apenas dois anos e meio, o estudante completa a etapa do sexto ao nono ano.

A ampliação do número de séries tem exigido novos investimentos na contratação de pessoal, compra de material, construção e ampliação de escolas e toda uma logística necessária. “O mais importante é que nós estamos cumprindo com a nossa meta de garantir a educação e combater o analfabetismo”, conclui o secretário Ivo Galvão.

Assessoria

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