Articulação com parlamentares, reivindicações junto à direção do órgão e esclarecimentos à população figuram entre as principais ações da associação. “O fechamento da gerência veio em forma de pacote e a subintendência do Acre cumpriu imediatamente, sem ao menos consultar os servidores e a população”, protestou Peixoto. “Estamos na maior biodiversidade do planeta e numa região de fronteira. Como vamos proteger todo esse patrimônio”, questionou um servidor.
Com a proximidade da piracema, ambientalistas estão preocupados com a captura de algumas espécies. De acordo com a Constituição Federal e legislação afim, a competência para proteger a fauna e flora é da União, uma vez que se trata de áreas protegidas e de fronteira.
Relatos de moradores dessas localidades afirmam haver escassez de animais silvestres e peixes. Nesta época de início de ano, quando o rio Juruá ganha um maior volume de água, os animais silvestres se afugentam para as restingas e acabam se tornando alvos fáceis para os caçadores. Era neste período, em que o Ibama geralmente realizava grandes apreensões, quando estava em funcionamento na região.
Hás décadas com a incumbência de fiscalizar e coibir as atividades ilegais de pesca e caça predatórias, retirada de madeira, tráfico de animais silvestre, o desmatamento irregular e outras ações que agridem o meio ambiente, o Ibama, matinha a base do Juruá em Cruzeiro do Sul. No entanto, segundo a superintendência do órgão, as despesas para manter o escritório em funcionamento se tornaram insustentáveis, o que levou ao fechamento.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal