Vereadora e educadora Iria Matos afirma que o governo tenta enfraquecer categoria através de marketing político
Os representantes do governo estadual reapresentaram as mesmas propostas, que haviam retirado das negociações na última semana. Sem avanços, os servidores em educação decidiram manter a greve em Cruzeiro do Sul. Uma nova assembléia foi marcada para essa quarta-feira(24. Os professores prometem radicalizar o movimento.
Apenas para o próximo ano, o governo oferece a equiparação salarial dos professores provisórios com os de contrato efetivo em início de carreira e reajustes de 15% a 40% para os professores e pessoal de apoio efetivos em função de seu reenquadramento em novas categorias salariais. A única proposta para esse ano é a realização do concurso efetivo, com 2.500 vagas para professores e 1.000 vagas para funções administrativas.
Na opinião da ativista, o governo do Estado tenta enfraquecer a categoria com propagandas políticas contraditórias à realidade. Mostrando gráficos comparativos dos salários de 1998 até 2013, e colocando para a população que não existe possibilidade de aumento com a atual situação financeira do estado.
“Eles estão usando os meios de comunicação em uma tentativa de dizer que o governo não tem condições nenhuma, uma tentativa de enfraquecer o movimento, mostrando aumentos desde 98 pára cá, usando um saudosismo muito grande, em 98 o salário era R$ 446,00, mas nós tínhamos o que nós podíamos ter. De 1998 para 2013 é muito tempo. Hoje nossos professores continuam sendo desvalorizados” disse, indignada.
A categoria não aceita as propostas do governo para 2014, pois, no próximo ano, deve acontecer uma nova data-base, principalmente por se tratar de ano político.
Tribuna do Juruá – Vanísia Nery