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Professores prometem radicalizar em assembléia na próxima quarta-feira

Vereadora e educadora Iria Matos afirma que o governo tenta enfraquecer categoria através de marketing político

Há quase um mês em greve, os servidores da educação participaram, na última sexta-feira(19), de mais uma assembléia realizada no Núcleo da Secretaria Estadual de Educação de Cruzeiro do Sul (AC). Durante a reunião, o Presidente do Sinteac, Valdenísio Martins, apresentou a proposta do governo para a categoria, que a rejeitou mais uma vez.

Os representantes do governo estadual reapresentaram as mesmas propostas, que haviam retirado das negociações na última semana. Sem avanços, os servidores em educação decidiram manter a greve em Cruzeiro do Sul. Uma nova assembléia foi marcada para essa quarta-feira(24. Os professores prometem radicalizar o movimento.

Apenas para o próximo ano, o governo oferece a equiparação salarial dos professores provisórios com os de contrato efetivo em início de carreira e reajustes de 15% a 40% para os professores e pessoal de apoio efetivos em função de seu reenquadramento em novas categorias salariais. A única proposta para esse ano é a realização do concurso efetivo, com 2.500 vagas para professores e 1.000 vagas para funções administrativas.

“O governo está tentando cansar a categoria. Na semana passada ele apresentou uma proposta, retirou e voltou a colocar a mesma proposta sem nenhum avanço. Chega a ser irônico quando vemos os políticos fazerem seus próprios aumentos e o professor tem que parar as aulas, prejudicando toda a sociedade” explicou a vereadora Iria Matos(PC do B).

Na opinião da ativista, o governo do Estado tenta enfraquecer a categoria com propagandas políticas contraditórias à realidade. Mostrando gráficos comparativos dos salários de 1998 até 2013, e colocando para a população que não existe possibilidade de aumento com a atual situação financeira do estado.

“Eles estão usando os meios de comunicação em uma tentativa de dizer que o governo não tem condições nenhuma, uma tentativa de enfraquecer o movimento, mostrando aumentos desde 98 pára cá, usando um saudosismo muito grande, em 98 o salário era R$ 446,00, mas nós tínhamos o que nós podíamos ter. De 1998 para 2013 é muito tempo. Hoje nossos professores continuam sendo desvalorizados” disse, indignada.

A categoria não aceita as propostas do governo para 2014, pois, no próximo ano, deve acontecer uma nova data-base, principalmente por se tratar de ano político.

Tribuna do Juruá – Vanísia Nery

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