Os casos foram registrados com vôos do TFD nas proximidades do centro da cidade
O objeto, bastante usado em festas e em estádios de futebol, pode provocar sérios danos quando apontado contra as aeronaves, causando grande risco de derrubar o avião. Através de pesquisas foi comprovado que o flash disparado contra a aeronave se espalha pela cabine, chegando a causar cegueira momentânea de 30 segundos no piloto, e ainda causando riscos de queimar a retina ocular.
Em Cruzeiro do Sul, os casos foram registrados através de notificação do piloto ao Centro Aéreo. Depois de reunião realizada com a Policia Federal, Policia Militar e Policia Civil, foi estabelecido que as representações de segurança pública podem ser acionadas para atender casos como esses, através da localização, oferecida pelo piloto, de onde aconteceu o disparo laser.
“ Nós aplicamos um treinamento para todas as pessoas que são credenciadas, que trabalham na área do aeroporto , que aborda também esse aspecto, essa é a segunda turma com 38 pessoas, na primeira participaram 42, mas 300 pessoas são credenciadas para participar da capacitação”, falou.
A ação de apontar uma caneta de raio laser verde para um avião é crime contra a segurança do transporte aéreo, previsto no artigo 261 do Código Penal Brasileiro. A lei prevê de dois a cinco anos de cadeia, porém caso haja um acidente com mortes, o responsável pode ser condenado a até 12 anos. A caneta de laser verde, que tem um alcance de cerca de 300 metros, é vendida abertamente no mercado a qualquer pessoa.
No Brasil chegam a ser registradas anualmente mais de 1500 ocorrências dessa natureza. Caso o acusado pelo disparo seja menor de idade, os pais respondem pelo crime. Em São Paulo(SP) um menor de 8 anos, foi abordado pela polícia disparando o laser contra a aeronave, os pais da criança responderam pela infração.
Tribuna do Juruá – Vanísia Nery