Com a demora das obras da construção de um local específico para os cursos de formação indígena que está em andamento no Campus, os indígenas ainda permanecem instalados em local temporário.
Mas, recentemente, por questões estruturais, além de outros aspectos, coordenadores da Ufac começam a trabalhar a possibilidade de os indígenas terem o curso modular transferido para a capital do estado, Rio Branco.
A notícia não agradou. Os alunos temem que mais uma vez tentem criar alternativas inviáveis. Os indígenas lembram o longo período que já aguardam por instalações permanentes em Cruzeiro do Sul, mas que até agora nada foi feito. Eles temem que a ida para Rio Branco represente realidade semelhante a que estão passando na Região do Juruá.
Outra preocupação que começa a surgir com a possível saída de um curso do campus Floresta para a capital é a notável perda para a instituição em Cruzeiro do Sul, uma vez que existe um movimento crescente de emancipação da sede em Rio Branco. A transferência de um curso como este que simboliza a democratização do acesso à universidade, além de ser base fundamental como fonte de investimentos altíssimos, pode fragilizar o processo de independência do campus.
A graduação em docência indígena contempla mais de 11 etnias. Destas, 10 são do Vale do Juruá, além da presença dos Manchineris do Rio Iaco, afluente do rio Purus.
www.tribunadojurua.com – Dayana Maia