Uma das estratégias que tem colaborado para que o número de casos da doença venha diminuindo, gradativamente, é a entrega de mosquiteiros impregnados com repelente, que começaram a ser distribuídos em 2007. Somente neste ano, foram investidos mais de R$ 500 mil na compra de equipamentos, como barcos, motor de polpa, bicicletas e mobiliários para fortalecer as ações desenvolvidas.
No Brasil, a transmissão da malária está quase que totalmente restrita à região Amazônica, área endêmica para a doença no Brasil. Os sintomas são pouco específicos, os mais comuns são dor de cabeça, dor no corpo, fraqueza, febre alta e calafrios. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente toda a medicação para o tratamento da malária, sendo que, para cada espécie de plasmódio, há medicamentos ou associações de medicamentos específicos em dosagens adequadas à situação de cada paciente.
O diagnóstico precoce, o tratamento oportuno e adequado dos casos, além de medidas específicas de controle do anofelino, mosquito transmissor, são as mais importantes estratégias para controlar e prevenir a malária no País.
Em 2000 os casos de malária no Brasil foram aproximadamente 615 mil, sendo que em 2012 esse número caiu para cerca de 243 mil (- 60%). Além disso, o número de óbitos e a frequência de internações por malária no Brasil também vêm mostrando declínio. De 2000 até 2012, os óbitos por malária passaram de 243 para 61, representando uma diminuição de aproximadamente 75%. Já o número de internações caiu cerca de 84%, passando de 21.288 para 3.328, confirmando-se ainda mais a tendência de queda já relatada no ano 2011.
Medidas preventivas
As seguintes medidas de prevenção individuais devem ser levadas em consideração contra as picadas do inseto: uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas (piretróides) de longa duração em camas e redes; uso de roupas claras e que protejam pernas e braços, durante as atividades de exposição elevada; instalação de telas em portas e janelas; uso de repelentes que devem ser aplicados nas áreas expostas da pele, seguindo a orientação do fabricante sobre o prazo para reaplicação do produto; evitar exposição nos horários de maior atividade do mosquito, do pôr-do-sol ao amanhecer.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal