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Professores completam oito dias de greve e prometem mobilizar ainda mais a categoria

Alciene Gurgel, presidente Sinproacre

O Sindicato dos Professores da Rede Pública de Ensino do Estado do Acre (SinproAcre) realizou uma assembleia para definição dos novos rumos do movimento grevista que completou oito dias nesta sexta-feira (26), na quadra do colégio Barão do Rio Branco.

A presidente do SinproAcre, Alcilene Gurgel, apresentou uma das propostas consentidas pelo Governo para aprovação da categoria, sobre a data base 2015. Um das propostas é referente a incorporação dos prêmio de valorização, conhecidos como VDP e VDG a partir de janeiro de 2016 e reajuste salarial de 20%.

“Nessa assembleia não houve votação. Ela ocorreu mais para mobilização do pessoal. Tem municípios que estão com 60% das escolas paradas e em Rio Branco temos uma pouco mais de 30 escolas com as atividades paralisadas. As pautas que estão travando a negociação este ano são a questão da VDP que os professores querem receber ainda em 2015 e o reajuste salarial de 20%”, explicou a presidente.

Na próxima semana, novas mobilizações estão marcadas para ocorrer como ocorreu nesta sexta-feira que a rua Getúlio Vargas foi fechada por aproximadamente uma hora para chamar a atenção do Governo.

“O professor precisar ter sua reposição salarial. Na nossa pauta pedimos também a realização de concurso público efetivo, o estabelecimento de índice de 10% de uma referencia para outra em toda a tabela em 2016. Além do pagamento retroativo dos adicionais do ensino especial”, confirmou a presidente.

A restrição quanto a concessão de reajuste salarial este ano foi justificada pelo governo em decorrência da crise econômica enfrentada pela ausência de arrecadação de tributos e nos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Na contraproposta oferecida pelo Governo, tornava estabelecia a aposentadoria na última referência para professoras com 50 anos de idade e 25 anos de contribuição. “Apesar das professoras representarem o maior número dentro da categoria, faltava essa conquista e o governo ofereceu essa garantia através da alteração da Lei Complementar Estadual. Mesmo assim, a categoria deseja é reajuste salarial e por isso vamos para mais uma greve”, confirmou Alcilene.

Bruna de Albuquerque Lopes

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