O MMA é um esporte singular na produção de narrativas. A cada semana, parece que surge um novo acontecimento inesperado, seja uma notícia de doping, ou uma confusão envolvendo lutadores, ou uma gafe na pesagem, ou algum outro fato bizarro. 2017 foi rico nesse tipo de história, que fica perdida no âmbito geral do esporte, mas gera muita discussão quando acontece.
Meryl Streep, inimiga pública nº1 do MMA
Antes de Floyd Mayweather dar sua primeira entrevista e transformar May-Mac na febre do ano, o assunto mais polêmico do MMA nas primeiras semanas de 2017 foi o discurso de Meryl Streep na premiação Globo de Ouro. Oi? É isso mesmo: num desabafo anti-Donald Trump, a premiada atriz reclamou da política anti-imigratória do presidente dos EUA e disse que, sem eles, não haveria cinema. “Vocês não terão mais nada para assistir exceto por futebol americano e artes marciais mistas, que não são artes de verdade”, disse Streep. Pronto: a comunidade do MMA ficou “pistola” e hostilizou a atriz pelas redes sociais. O presidente do UFC, Dana White, entrou na pilha e chamou Streep de “senhora esnobe”. CEO do Bellator, Scott Coker optou por um caminho de mais classe: convidou a atriz ao Bellator 170, na Califórnia. Apesar de uma cadeira reservada para ela, Meryl Streep não compareceu.