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Desenganado por médico de Cruzeiro do Sul paciente não consegue laudo para TFD

Há dois anos o líder comunitário João Batista Ferreira Lima sofre as consequências de um acidente vascular cerebral. Em Cruzeiro do Sul os médicos afirmaram que seu problema não tem mais jeito e, segundo ele, negam a realização de um laudo para encaminhá-lo para Rio Branco pelo sistema de Tratamento Fora de Domicílio.

João Batista militou por mais de 20 anos no movimento comunitário. Foi presidente do Bairro da Lagoa onde teve a oportunidade de contribuir em diversos momentos de dificuldades enfrentados pelos moradores, principalmente durante as alagações do rio Juruá em que o líder comunitário teve que atuar na linha de frente para dá assistência às famílias. Em 2013 ele foi vítima de um AVC e atualmente luta pela recuperação.

Batista afirma que já teve melhoras, mas ainda sente muitas dores, tem dificuldades para caminhar e perdeu os movimentos do braço esquerdo. Devido o tombou que levou no momento em que sofreu o AVC, o paciente teve o deslocamento do antebraço. Segundo ele, um ortopedista de Cruzeiro do Sul não deu esperanças de que seu braço regenerasse as articulações  e voltasse ter os movimentos.

“Ele disse que meu braço não tem mais jeito e eu pedi pra ele: doutor, só quero que o senhor me mande para Rio Branco, chegando lá eu dou meu jeito. Ele afirmou que não ia mandar porque não tem mais solução e que o meu braço morreu” – relatou.

No entanto, João Batista não aceita a sentença do médico, pois, ainda tem esperanças de recuperar a saúde e voltar a participar nas atividades em sua comunidade. Ele conta que teve uma conversa com um médico de Rio Branco, que esteve em Cruzeiro do Sul, e o mesmo teria dado a garantia que resolveria seu problema na capital do estado, pois aqui não tinha os equipamentos e materiais necessários para fazer o tratamento.

“Esse doutor de Rio Branco, que sempre vem e passa dois dias aqui, me falou: João se você for a Rio Branco, eu deixo teu braço arrumado e você volta pra casa mexendo seu braço. Por isso eu queria chegar até lá. Se eu pudesse andar, já tinha ido para Rio Branco á pé” – lamenta o  paciente.

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