Policiais militares de Porto Walter atenderam várias ocorrências no sábado e no domingo, mas infelizmente não puderam prender nenhum dos envolvidos em confusões, porque a delegacia mais uma vez encontrava-se fechada. No domingo, um cidadão foi preso e teve que ser liberado.
Ainda no domingo, os policiais militares deixaram de prender mais dois cidadãos que tentavam agredir um rapaz porque a delegacia continuava fechada e o jeito foi liberá-los. Poucas horas depois, os dois se envolveram em outra confusão e por pouco não cometeram um homicídio, graças à presença de terceiros.
A situação é complicada ao ponto de o sargento Limonte, que responde pela guarnição da Polícia em Porto Walter, estar pensando em desistir de trabalhar no município. O agente civil José Maria, o único que trabalha na delegacia, também está pensando em pedir afastamento. Ele alega que trabalha 24 horas por dia, de segunda a segunda-feira.
Com relação a toda essa situação, o delegado Lindomar Boaventura, que responde pelas delegacias de Rodrigues Alves, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo, disse que toda ela é gerada pela escassez de pessoal. Segundo o delegado, a Polícia Civil tem tentado resolver os problemas, mas a falta de efetivo às vezes acaba criando esse tipo de situação.
O delegado reconhece que não é a primeira vez que isso ocorre, e que o trabalho desenvolvido pela Polícia Militar em parceria com a Polícia Civil tem resultado em ações positivas, apesar das dificuldades que a polícia civil enfrenta em decorrência do número reduzido de agentes para atender a delegacia de Porto Walter.
De acordo com o delegado, é bastante difícil cobrar desse agente que ele fique 24 horas por dia, de segundo a segunda-feira, na delegacia. “Então em alguns momentos, a delegacia acaba ficando fechada” disse o delegado.
O delegado acrescentou que o governo do Estado, através da Secretaria de Segurança Pública, está tentando resolver esse problema com a realização de concurso público para a contratação de novos agentes.
Disse ainda que há cerca de um mês a delegacia foi reforçada com a chegada uma escrivã de polícia, “mas ainda é pouco, porque nós precisamos ali, de pelo menos seis agentes de polícia para fazer um trabalho e manter as escalas de plantão naquela delegacia”, concluiu o delegado.
Fonte – Jornal A Tribuna