Além de criticar o ‘anacronismo’ do sistema atual, ela mostra algumas das causas da escalada da violência, a seu ver pela falta de oportunidades de trabalho e de alguma ocupação, principalmente na juventude. “Um Estado pobre com poucas oportunidades de trabalho tende a apresentar altos índices de pequenos delitos e de tráfico de drogas, até porque estamos falando de uma região que faz fronteira com Bolívia e Peru”, opinou Alessandra Marques.
Todavia, a promotora diz que “nada disso pode explicar a inércia das polícias” no enfrentamento de crimes violentos. “Polícia deve ser dura, polícia não tem como papel fundamental dar conselhos. Os crimes violentos assolam pobres e ricos nesta. Existem sérios problemas na gestão das duas polícias, num total desinteresse em mudar”, disse ela para quem o crime deve ser primeiramente evitado e, depois, punido exemplarmente.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal