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Sinpol se reune com categoria em CZS e decidem continuar com Operação “Cumpra-se a Lei”

O governo fechou todas as portas para negociações com os policias

O Sindicato dos Policiais Civis do Estado se reuniu com a categoria em Cruzeiro do Sul na manhã de hoje (30) para discutirem sobre a Operação “Cumpra-se a Lei”, que teve início no dia 8 de janeiro na capital e aqui no município. A reunião aconteceu no auditório da delegacia geral e contou com a maior parte dos policiais cruzeirenses, que já aderiram ao movimento.

Com o slogan “Policiais Civis Pedem Socorro” a classe pretende continuar com a Operação mesmo após o governo fechar todas as portas de negociação com a categoria. Após o 2º manifesto dos policiais civis, o Secretário de Segurança Pública Ernilson Farias mostrou-se irritado com a falta de acordo entre governo e Sindicato dos Policiais Civis do estado, e afirmou que o governo estadual não irá mais negociar com a diretoria da entidade.

“ Essa decisão do governo é arbitrária e  ante democrática. Existe um processo que se avança em uma categoria de classe, ou mesmo com um cidadão comum, onde uma parte fecha negociações. O sindicato dos policiais civis não está em greve, portanto não existe motivo nenhum para que retalhe a categoria dizendo que não negocia mais. Simplesmente o estado adotou uma postura de que não se altera lei em 2014, por vontade política, e não por questões de lei, portanto o sindicato continua mobilizado”, relatou o presidente estadual do sindicato Itamir Lima, que ainda enfatizou que ao longo do processo acontecerão outras ações de paralisação, aplicando apenas as funções de suas atribuições, sem desvio de funções, não colocando mais a vida em risco.

Entre as reivindicações está a regulamentação da aposentadoria, promoções, titulação, o baixo efetivo na Polícia Civil, que de acordo com o sindicato, é o mesmo há 11 anos, e falta de viaturas, entre outros problemas estruturais que impedem o exercício das atividades. A situação atual dos policiais civis é desfavorável, não tendo condições mínimas para exercer as funções estipuladas. Cruzeiro do Sul conta aproximadamente com apenas 32 policiais, onde muitas vezes apenas dois estão de plantão, tendo que realizar todas as atribuições da delegacia.

“Nós continuamos mobilizados, não é entendimento individual, é de toda categoria, que nós estamos fazendo o movimento para fazer valer o nosso direito. Até que se cumpra o que se consta em lei nós vamos continuar com essa mobilização mostrando para categoria e para o governo que nós merecemos ser contemplados com aquilo que nós reivindicamos”, falou o líder sindical no município Francisco Conceição.

Os policiais estão informando a população sobre as reivindicações buscadas por eles, distribuindo panfletos informativos com as principais buscas da classe, que tem como prioridade o pedido de condições para trabalhar.

Tribuna do Juruá – Vanísia Nery

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