Ilustrando com o caso do prefeito de Marechal Thaumaturo, Randson Almeida (PDMB), que foi preso acusado de desviar verbas do Fundeb, Antônia Sales destaca que é preciso cortar da própria carne e não conceder privilégios. “A Justiça precisa ser feita, mas que não que existam privilégios de nenhum político ou gestor público”.
Segundo a parlamentar, a quadrilha que desviou dinheiro do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Acre (Proacre), continua em liberdade. “Cadê o restante da quadrilha do Proacre, que não está na penal? Randson Almeida está preso porque não tem dinheiro para contratar uma banca de 40 advogados”, destaca Antônia Sales.
Para a deputada, o direito a defesa está sendo tolhido em alguns casos. “Não existe o direito de defesa ou presunção de inocência. Randson Almeida não foi julgado ou condenado pela Justiça, mas foi conduzido ao presídio. Porque os gestores ligados ao Governo do Acre, não estão cumprindo pena pelas suas acusações?”, questiona.
Antônia Sales pediu ainda, que não se utilizem dois pesos e duas medidas, no tratamento de acusado de corrupção. “Se há de se prender antes de julgar, que se coloquem os secretários acusados de desvios no Governo do Acre, na cadeia. Onde estão as pessoas acusadas de desvio do dinheiro do TFD? Estas pessoas também precisariam estar na penal”, enfatiza.
A parlamentar assinou a proposta de CPI para investigação da aplicação dos recursos do Proacre, nos 22 municípios do estado.
Ray Melo, da redação de ac24horas