Em Cruzeiro do Sul cerca de sete mil estudantes fizeram o exame. O Inep prevê que textos com alta divergência de notas cheguem a 1,2 milhão em todo o país.
A ansiedade toda canta dos candidatos que submeteram-se no último fim de semana ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A correção da redação ainda continua sendo a maior preocupação.
“Respondi todas as questões. Mas, quando chega à redação, de início a gente trava, mesmo tendo conhecimento sobre o tema proposto. Procurei desenvolver meu texto do melhor modo possível, mas, ainda assim tenho medo de não conseguir a pontuação necessária perante os avaliadores”, comentou o estudante Júlio de Queiroz.
O estudante tem razão quando fala na exigência com que são corrigidas as redações. Isso porque, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) aumentou o rigor na correção dos textos neste ano, ao reduzir a nota de discrepância de 300 para 200 pontos.
De modo que agora, todas as redações são submetidas à análise de dois corretores, e um terceiro atua quando há divergência superior a 200 pontos. Os avaliadores deverão começar os trabalhos no próximo dia 14.
As redações de todo o país serão digitalizadas. Ao todo, a correção das dissertações mobilizará um contingente de 5.683 corretores, 229 supervisores, 12 coordenadores e 462 auxiliares de supervisão.
A mudança na forma de correção dos textos do exame aconteceu após uma série de reclamações de candidatos que se sentiram lesados na edição do ano passado. Alguns participantes entraram, inclusive, com processos judiciais.
O Inep prevê que o número de redações do Enem que passarão por um terceiro corretor chegue a mais de um milhão nesta edição, o triplo do registrado em 2011 (379.786).
Tribuna do Juruá – Dayan Maia, com informações da revista Veja.