No dia 28 de setembro deste ano, chegou ao conhecimento do delegado Cristiano Bastos, da delegacia de Brasiléia, distante 220 Km da Capital, a informação de que duas adolescentes teriam sido seqüestradas e que o seqüestrador estaria pedindo R$ 8 mil pelo resgate das vítimas. As mães das adolescentes foram quem procuraram o delegado e comunicaram o fato, pedindo providências para o caso.
Diante das informações, toda a equipe policial de plantão saiu às ruas em busca de descobrir a localização das menores, assim como a autoria do crime. Em menos de 24 horas de investigação a polícia descobriu o paradeiro das garotas, além de descobrir também que se tratava de um falso seqüestro onde as meninas, em conluio com Carlos Vidal simularam o seqüestro para extorquir as mães e conseguirem dinheiro fácil. Os três planejavam gastar o valor em compras e viagens.
Pouco se importando com o sofrimento das mães e familiares as adolescentes simularam ao telefone estarem sendo agredidas, inclusive chorando ao telefone, e sempre dizendo para que pagassem o resgate e não envolvessem a polícia. Os investigadores descobriram que o trio estava em um hotel de bom nível na cidade de Cobija/Bolívia, onde foram surpreendidos pelos policiais civis que tiveram o auxílio da polícia boliviana para diligenciarem naquele país.
Todos foram presos em flagrante pela prática da extorsão, bem como foi apreendida outra adolescente de 13 anos, que estaria dando suporte para o trio, informando tudo o que se passava na casa da mãe de uma das garotas e os passos da polícia. O acusado por ser o falso seqüestrador, Carlos Vidal Menezes, foi autuado em flagrante e encaminhado ao presídio. As adolescente foram apreendidas em flagrante e encaminhadas à Promotoria da Infância e Juventude.
Quem são as menores? Dias antes de ‘simularem’ o próprio seqüestro, as três adolescentes teriam furtado do avô de uma delas a quantia de R$ 3,2 mil que o senhor de 83 anos de idade guardava de sua aposentadoria dentro de um guarda-roupa. Duas das menores entraram na casa, sendo que a neta ficou distraindo o avô enquanto a outra estaria roubando o dinheiro, que foi repartido e gasto entre as três adolescente.
Segundo o delegado Cristia-no Bastos, o suposto furto foi praticado pelas adolescentes para utilizarem os valores como suporte para pôr o plano do falso seqüestro em ação, já que necessita-riam de dinheiro para pagar diá-rias de hotel, transporte e até mesmo cartões telefônicos para utilizarem os celulares para pressionarem a família.
As 3 adolescentes também responderão na Justiça pelo furto praticado contra o idoso. “Apesar da complexidade dos fatos a Polícia Civil foi muito precisa em desmontar a farsa, montada por esses desumanos”, desabafou uma das mães atormentada pela própria filha.
(Assessoria Polícia Civil)