Assassino confesso disse que usou gargalo de garrafa e um pedaço madeira para matar e depois jogou corpo no rio.
Está praticamente elucidado o crime que começou a ser investigado pela Polícia Civil de Xapuri a partir de uma canoa contendo grande quantidade de sangue encontrada por um pescador descendo o Rio Acre na manhã da última sexta-feira (29).
A sequência de fatos que apontavam para a ocorrência de um homicídio se deu com o aparecimento do corpo de Sebastião Ferreira de Assis, 40, nas águas do mesmo rio, resgatado pela polícia por volta das 15 horas do dia seguinte, sábado (30).
A descoberta do corpo apresentando marcas de perfuração no pescoço e uma enorme rachadura no crânio foi imediatamente relacionada pela polícia ao barco ensanguentado que havia sido resgatado no dia anterior.
As investigações feitas pela Polícia Civil levaram a Renato Rodrigues da Silva, 21, o mutante, que detido na manhã desta terça-feira (2) por uma equipe composta por policiais civis e militares confessou ter matado a vítima para se apossar de R$ 22,00 (vinte e dois reais) que a mesma levava no bolso.
A versão do acusado
De acordo com o acusado, horas antes do crime, ele e a vítima bebiam juntos em um bar no centro da cidade quando se envolveram em uma confusão na qual atentaram contra a vida de um idoso. Depois disso, tomaram o rumo a praia do Mirantes Bar, onde roubaram uma canoa e seguiram rio abaixo.
Durante a descida pelo rio, Renato afirmou que decidiu matar Sebastião pelo simples objetivo de roubar o dinheiro que o mesmo carregava no bolso da bermuda. “Bati na cabeça dele com um pedaço de madeira e depois cortei o seu pescoço com um gargalo de garrafa. Em seguida, joguei o corpo no rio”, confessou friamente.
O acusado confessou ainda que Sebastião nada fez a ele para merecer morrer daquela maneira e que, inclusive, a vítima chegou a implorar para que Renato não o matasse. Indagado pelo delegado Ricardo Casas se não havia sentido pena da vítima, respondeu: “Senti pena dele, mas estava precisando do dinheiro”.
Para a polícia o caso está praticamente resolvido, restando apenas confirmar se Renato agiu sozinho ou se havia a presença de uma terceira pessoa na cena do crime. O delegado Ricardo Casas, titular da delegacia de Xapuri, deve solicitar ainda hoje a prisão preventiva do acusado.
Texto e foto Redação, com Raimari Cardoso