Grupo de turistas está retido na fronteira entre o Peru e o Brasil, próximo ao Estado do Acre, desde a manhã da última terça-feira (27).
O ônibus, que pertence a uma empresa de turismo brasileira, não pode atravessar a fronteira por problemas na documentação, segundo o Ministério das Relações Exteriores, que acompanha o caso por meio da embaixada do Brasil em Lima.
O Itamaraty está negociando uma solução com o governo peruano e mantendo contato telefônico com o grupo.
O grupo é formado por 30 estudantes da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), duas jornalistas gaúchas, dois coreanos e uma japonesa. Uma pessoa do grupo que disse que ônibus partiu de Porto Alegre, atravessou a fronteira com a Argentina, foi ao Chile e, pelo deserto do Atacama, na região da cordilheira dos Andes, passou para o Peru, onde o grupo visitou as ruínas de Machu Picchu.
O caminho de volta seria o mesmo, mas as notícias de uma nevasca no Chile fizeram com que o grupo decidisse entrar no Brasil pelo Acre, na fronteira norte com o Peru.
Ao chegarem em Iñapari, cidade peruana que faz fronteira com Assis Brasil, no Acre, foram barrados. “A legislação peruana determina que, em viagens terrestres pelo país, as agências de turismo são obrigadas a informar a rota de entrada e saída do Peru. Os documentos apresentados pelo motorista do ônibus na fronteira não contém a autorização para sair do país naquele ponto”, informou o Itamaraty, por nota.
Os brasileiros, ainda segundo o Itamaraty, podem atravessar a fronteira, separada por uma rua, à pé, mas se recusam a seguir viagem sem o ônibus, já que não querem pagar o transporte no Brasil. O grupo está a mais de 4.000 km de Porto Alegre por via terrestre.
A UFRGS informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que a viagem não é de estudos nem está ligada a qualquer projeto da instituição. Mas está tentando entrar em contato com os alunos e seus familiares para prestar a assistência necessária.
Fonte – AC24Horas