O narcotraficante estava na lista de 34 pessoas ligadas a grupo investigado pela Polícia Federal.
Um peruano preso na “Operação Conexão Amazônia”, da Polícia Federal, enganou o Judiciário Acreano e conseguiu sair do presídio Francisco de Oliveira Conde com o alvará de soltura embaixo do braço.
O peruano Eloi Mamani Arampa usava o nome de Carlos Jesus Venâncio Portura, quando foi interrogado, processado e condenado a 38 anos de prisão por tráfico de drogas, formação de quadrilha e roubo de cargas.
Eloi ou Carlos Jesus era um dos principais membros de uma quadrilha de narcotraficantes.
Em junho do ano passado, a Polícia Federal prendeu 34 pessoas ligadas ao grupo, sendo que treze deles eram do Acre.
O peruano era um da lista. Acontece que Eloi já tinha sido condenado por outro crime na Justiça do Acre.
Neste crime, ele tinha direito ao alvará de soltura e conseguiu um da Vara de Execuções Penais.
Mas havia a sentença pelos crimes apontados pela Conexão Amazônia, eles não permitiriam a liberdade. Como eram dois processos distintos, Eloi ganhou a liberdade, enquanto para a Justiça, Carlos Jesus ainda estava preso. Só que os dois eram a mesma pessoa.
Quando a direção do presídio descobriu o erro, era tarde demais, o peruano já tinha sumido.
A polícia acredita que ele já atravessou a fronteira depois de passar a perna nas autoridades brasileiras, que em nenhum momento descobriram se tratar de duas identidades.
O diretor do Instituto de administração penitenciária (Iapen), Dirceu Augusto, informou que só foi descobrir o que realmente aconteceu, às 11 horas da manhã desta segunda-feira, quando verificou os processos na Vara de Tóxicos, onde Eloi ou Carlos Jesus foram condenados.
Houve um pedido para a Justiça reconsiderar o alvará de soltura. O problema é descobrir o paradeiro do peruano.
Publicada em Agazeta.net com informações de Adailson Oliveira, da TV Gazeta