O campus Floresta da Universidade Federal do Acre (Ufac) formou na noite da última quinta-feira, 16, a primeira turma do curso de Engenharia Agronômica. Ao todo, oito formandos receberam das mãos do reitor da Ufac, Minoru Kinpara, o diploma de conclusão de curso.
Entre os formandos, Eberson de Souza, o “caçula da turma”, como se descreveu, teve um artigo sobre estoque de carbono no solo apresentado no Congresso Brasileiro de Solos. “O curso me possibilita contribuir com a minha região, principalmente porque posso produzir e preservar”, disse.
Para os pais, a emoção e a alegria eram visíveis. Maria Neri, mãe de Francisco Chagas, militar que decidiu estudar após se aposentar, declarou: “Nos sentimos honradas por ele ter se formado”. Francisco Romualdo, que desde a década de 1980 sonhava em fazer um curso superior, voltou a estudar aos 41 anos.
O “Contador de Causos”, como ficou conhecido pela turma, reside em Mâncio Lima e todos os dias percorria cerca de 80 quilômetros para estudar. “Peguei mais de 8 mil chuvas, gastei mais de 3.600 litros de gasolina, mas valeu a pena”, brincou. “Realizei meu sonho”. Ele, que tem um filho cursando o 4º período de Agronomia também na Ufac, conta hoje com 47 anos.
O reitor, em seu discurso, destacou a riqueza natural do Juruá. “O campus Floresta da Ufac está localizado em uma região extremamente rica em biodiversidade”, disse. Ele também se referiu à responsabilidade social dos formandos: “A realização de um curso superior federal, financiado com dinheiro público, implica numa retribuição com excelência profissional”.
A vice-reitora Guida Aquino disse ser um orgulho ter esses profissionais formados pela Ufac. O coordenador do curso, Hugo Mota, afirmou que os resultados são muito bons. Dois acadêmicos já estão matriculados em mestrado, dois apresentaram-se em congressos nacionais, outros já se integraram ao mercado de trabalho.
Tribuna do Juruá – Com informações site da Ufac