No passado famílias ocuparam áreas irregulares na cidade que tem um relevo bastante acidentado.
O chefe de uma família composta por 6 pessoas no Bairro Cruzeirinho na periferia de Cruzeiro do Sul, prefere não se identificar, mas dorme preocupado com a situação de sua casa, construída no alto de um morro há muitos anos. A madeira já está enfraquecida e o morro que vai quebrando ao longo dos anos está ocasionando um grande risco para a família.
“Moramos ao lado de um barranco gigante, que está quase cedendo. A gente que tem filho pequeno teme pelo que pode acontecer. Quando chove ou o vento é muito forte a gente só pensa no pior”, comenta o morador.
Mesmo tendo um solo resistente que não apresenta histórico de desabamentos, o município de Cruzeiro do Sul está repleto de casas em ares de risco. Das áreas localizadas no entorno do centro da cidade, a maior parte é acidentada e muitas casas foram erguidas nos morros e encostas.
Uma equipe da Defesa Civil que atua na cidade, afirma que realiza constantes monitoramentos. O secretário municipal de obras, Osmar Bandeira, explica que existem leis que impendem as construções em áreas de risco ou de preservação e que atualmente só é autorizada a construção de uma residência, mediante o certificado de uso e ocupação do solo, documento expedido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Atualmente o número de invasões é menor, mas os problemas criados no passado ainda estão longe de serem resolvidos na cidade.
Da redação do Tribuna do Juruá com informações de Dayana Maia