O comandante realizou um levantamento junto a Policia Militar
Segundo o Comandante do 61º Batalhão de Infantaria de Selva, Tenente Coronel Guerra, a instituição realizou um levantamento investigativo após as denúncias recebidas do envolvimento de um cabo do exército em um acidente de trânsito. Durante o acidente o carro invadiu um comércio no bairro da Várzea e quebrou a parede do local. A matéria veiculada no último sábado (03) menciona que várias testemunhas teriam visto o cabo do batalhão, Francisco Silva de Lima,28, embriagado e com o veículo de sua propriedade, com uma menor de 13 anos na condução. Na ocasião o presidente do bairro da Várzea, Marivaldo Valente, falou indignado que a polícia chegou ao local e não conduziu nenhuma das pessoas para delegacia, nem mesmo realizou teste de bafômetro.
Segundo o comandante do 61 Bis, existe a parte jurídica como também a parte interna do batalhão, a disciplinar, a ser analisada. Ele explica que para o comando, até o momento, o militar não incorreu em nenhuma transgressão disciplinar. Tenente Coronel Guerra falou que o automóvel é de propriedade do militar, a habilitação está regular, e existiu um acordo entre o proprietário do comércio e o cabo.
“O batalhão precisa trabalhar com fatos concretos, e nós temos o maior desejo de esclarecer qualquer fato que envolva os militares do 61 Bis. Então nós verificamos que o automóvel é dele, a habilitação está em dia,ele entrou em acordo com o proprietário do comércio e os reparos na parede já estão em andamento”, falou.
Em relação ao teste do bafômetro, o comandante do 61 bis disse que procurou o Batalhão da PM no município para ter acesso ao registro de ocorrência e buscar esclarecimentos junto a guarnição que atendeu o acidente, sendo explicado pelo policial responsável que não existiu necessidade de realização do teste.
“Nós consultamos o militar que fez o registro de ocorrência, e naquele momento pela experiência dele, ele verificou que o cabo do batalhão não tinha voz atrapalhada, olhos vermelhos, algum problema motor que desse sinais de embriaguês, por isso não foi realizado o teste do bafômetro, pois ele verificou que não havia necessidade”, mencionou.
Pertinente a menor de 13 anos na condução do veículo, o comandante explicou que não existe nenhum fato concreto para afirmar o envolvimento de menores.
“ Existem relatos da presença de meninas. No boletim que eu li, não tinha nenhum nome, então nós trabalhamos com fatos concretos. O batalhão sempre ficará a disposição para continuar o esclarecimento desses fatos. O que nós consideramos agora que aconteceu, foi um acidente de trânsito, que causou uma avaria em um comércio, não havendo nenhuma vítima, houve um consenso entre as partes, não houve denúncia junto a polícia civil e nós continuamos a disposição para esclarecer esse assunto”, finalizou.
Tribuna do Juruá – Vanísia Nery