Cruzeiro do Sul
Fui à bela e aprazível cidade de Cruzeiro do Sul no fim de semana. Viajei acompanhado dos presidentes Manoel Façanha (Associação de Cronistas Esportivos do Acre) e Toniquim Aquino (Federação de Futebol). Fomos assistir ao jogo Náuas e Vasco, checar as reais condições da Arena do Juruá e coletar material para a revista que a gente produz todo ano.
Foi uma viagem bem proveitosa. Conseguimos cumprir toda a pauta e ainda tivemos tempo para nos deliciarmos com a saborosíssima galinha caipira que é servida no restaurante em frente ao Igarapé Preto. Uma iguaria dessas de fazer qualquer comensal se ajoelhar diante do prato! Coisa de cinema mesmo! Experiência para se repetir sempre que possível!
No que diz respeito ao estádio, eu não vi nada, nenhum mínimo detalhe, que pudesse colocá-lo sob algum tipo de suspeição. Limpo, seguro, prático e confortável, inclusive com arquibancadas não afetadas pelo sol da tarde, o templo do futebol de Cruzeiro do Sul reúne, ao meu humilde juízo, condições plenas para preencher tranquilamente os seus quatro mil lugares.
Tanto é assim que não foi registrado nenhum incidente, mesmo o time da casa tendo saído para o intervalo da partida perdendo por três a zero. Por muito menos, em outras cidades do país, uma situação dessa natureza poderia gerar enormes riscos para quem estivesse por perto. Não vi sequer lugar de onde se pudesse atirar um vaso sanitário em alguém.
Quanto ao jogo, eu diria que sobrou emoção. Cada time jogou uma das etapas. Enquanto que o primeiro tempo foi todo do Vasco, que marcou gols como quem treinava, o segundo foi todo do Náuas, que imprensou a equipe visitante e buscou um empate aparentemente improvável. A torcida da casa viveu dois estágios opostos: decepção profunda e absoluta euforia!
E no tocante à busca de material para a próxima revista da Federação, além de coletarmos dezenas de fotografias antigas, ainda entrevistamos o Vladimir Ramon, atacante que nos anos de 1990 vestiu as camisas do Juventus e do Rio Branco, bem como disputou um campeonato peruano por um time chamado La Loretana, da cidade de Pucalpa.
De bem com a vida, Ramon, hoje proprietário de um restaurante especializado em comida chinesa, não se furtou em narrar as suas aventuras no mundo da bola. Só não contou mais histórias porque começaram a chegar os clientes do restaurante e ele teve que correr para o fogão, uma vez que é das suas mãos que saem os principais pratos servidos no local.
Por uma questão de justiça, devo registrar que talvez não conseguíssemos fazer tudo o que nos propusemos a fazer se não fosse a companhia providencial e mais do que generosa do cronista esportivo Adelcimar Carvalho, o Dedeo, da Rádio Integração. Sem ele a gente não teria trazido todo o material que trouxemos. Nem o material nem a farinha!
Francisco Dandão